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Jornais americanos têm recuperação
Lucro das empresas jornalísticas aumenta no primeiro
trimestre, e ritmo de redução da receita publicitária diminui
Acesso a sites de jornais bate
recorde nos três primeiros
meses do ano; circulação de
diários recua, com exceção
do "Wall Street Journal"
CRISTINA FIBE
DE NOVA YORK
Apesar da queda na circulação diária dos principais jornais americanos -à exceção do
"Wall Street Journal"-, os balanços do setor referentes ao
primeiro trimestre sinalizaram
uma singela recuperação ante o
mesmo período de 2009.
Em linhas gerais, os maiores
jornais do país viram alguns de
seus resultados melhorarem,
graças às receitas publicitárias,
que caíram menos do que nos
trimestres anteriores, e à contenção de gastos.
Na internet, um recorde: os
sites dos jornais tiveram o
maior número de acessos nos
primeiros três meses do ano, ao
atrair 74,4 milhões de visitantes únicos por mês, na média.
O número superou a forte audiência do último trimestre de
2009, de 72 milhões por mês.
Os dados, compilados pela
Nielsen Online a pedido da
NAA (Newspaper Association
of America), mostram que os
usuários de sites dos jornais
americanos geraram mais de
3,2 bilhões de "pageviews" e
gastaram mais de 2,3 bilhões de
minutos navegando.
Já a circulação em papel dos
maiores jornais dos EUA caiu,
em média, 9,5% em dias de semana, segundo o instituto Audit Bureau of Circulations.
Na comparação do primeiro
trimestre com o mesmo período de 2009, o único veículo
com resultado positivo foi o
"Wall Street Journal", cuja circulação subiu 0,5%, para 2,092
milhões de exemplares.
Recentemente, o "Wall
Street Journal" avançou na
guerra contra o "New York Times", lançando um caderno
voltado a Nova York, na tentativa de atrair anunciantes do
concorrente.
O "New York Times", segundo o Audit Bureau of Circulations, teve, na média do período, 951 mil exemplares em dias
de semana, uma queda de 8,5%
em relação a 2009.
A News Corporation, de Rupert Murdoch, que publica o
"Wall Street Journal", apresentou um balanço total que surpreendeu analistas, impulsionada pelo setor cinematográfico -a empresa também é dona
da Fox, que lançou "Avatar" em
meados de dezembro.
A receita da companhia no
primeiro trimestre subiu 19%,
para US$ 8,8 bilhões. O lucro
operacional cresceu 55%, para
US$ 1,25 bilhão.
O setor de serviços de informação e jornais do grupo foi
responsável por um lucro operacional de US$ 131 milhões,
um crescimento de US$ 102
milhões em relação ao mesmo
período do ano passado.
Enquanto isso, a New York
Times Company divulgou lucro
operacional de US$ 83,3 milhões no primeiro trimestre,
ante US$ 16,4 milhões no mesmo período de 2009.
A receita total da empresa
caiu 3,2% no período, ante um
recuo de 11,5% no último trimestre de 2009.
A receita publicitária total
caiu 6% em relação aos três primeiros meses de 2009, a menor
queda desde o terceiro trimestre de 2007. E os anúncios digitais subiram 18%.
Já a receita da empresa detentora do "Washington Post"
ficou em US$ 1,17 bilhão, 11% a
mais do que no ano passado.
O grupo Gannett, o maior em
circulação diária total de jornais nos EUA (e que edita o
"USA Today", o segundo em tiragem), divulgou que o seu lucro líquido cresceu 51% ante o
primeiro trimestre de 2009.
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