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Fazenda aponta ritmo chinês no PIB do 1º tri
Expansão nos primeiros meses do ano pode ter chegado a 2,1%, o que representa taxa anualizada de mais de 8%, diz secretário
Com o aquecimento da economia, Itaú amplia para 7,5% estimativa para o PIB do ano; governo vê ritmo menor nos próximos meses
GABRIEL BALDOCCHI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O cenário de turbulência na
Europa e o ciclo de alta de juros
não serão suficientes para impedir o crescimento da economia brasileira acima da média.
Mantido o ritmo do nível de
atividade nos três primeiros
meses, a taxa anualizada indicaria alta de 8,5%, segundo o
Ministério da Fazenda -padrão de crescimento da China.
A estimativa foi divulgada
pelo secretário de Política Econômica, Nelson Barbosa. Para o
ano todo, a previsão do governo
é de alta de 5,5% para o PIB
(Produto Interno Bruto).
Barbosa explicou que os dados preliminares indicam expansão de 1,8% a 2,1% no primeiro trimestre, quando comparada com os três últimos meses de 2009. Anualizada, essa
taxa ficaria entre 7,5% e 8,5%,
mas ele prevê uma desaceleração nos próximos meses.
Na série histórica do IBGE, a
última vez em que o crescimento do PIB em um trimestre ficou acima de 2,1%, na comparação com os três meses anteriores, foi no quarto trimestre de
2007 -alta de 2,3% em relação
ao período anterior.
Para a Febraban (Federação
Brasileira de Bancos), o crescimento no ano será maior do
que os 5,5% a 6% previstos pelo
governo. Relatório divulgado
ontem com projeções das instituições aponta avanço médio
de 6,3%, em linha com previsão
de pesquisa do Banco Central.
Há oito semanas, os economistas de mercado respondem
pesquisa do Banco Central com
revisão para cima na projeção
do PIB. O último dado semanal,
divulgado na segunda-feira,
elevou a expectativa de crescimento para 6,26%.
O relatório de previsões do
Itaú-Unibanco divulgado ontem sustenta maior otimismo.
A instituição espera crescimento de 7,5% para a economia
brasileira no ano de 2010. O
texto aponta dinamismo crescente na economia.
O número oficial do IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para o primeiro trimestre sai em junho.
Segundo Barbosa, a tendência é de diminuição do crescimento nos próximos meses.
Ele considera as projeções acima de 6% exageradas. "É exagerado porque o primeiro trimestre tinha todos os incentivos e o
aumento do funcionalismo.
Continuaremos crescendo com
uma taxa mais desacelerada."
As reavaliações para o crescimento da economia acima de
5,5% começaram a ser feitas
pelo Banco Central em dezembro. No relatório de inflação divulgado no começo de abril, a
instituição manteve a expectativa do PIB em 5,8%.
O FMI (Fundo Monetário
Internacional) recalculou em
abril a previsão do crescimento
do Brasil de 4,7% para 5,5%. E
aconselhou ao país um aperto
maior na política fiscal para
conter pressões inflacionárias.
O ritmo de crescimento do
país passou a ser motivo de
preocupação para o Ministério
da Fazenda porque pode pressionar a inflação.
Essa preocupação levou o governo a estudar corte de gastos
para reduzir o ritmo de crescimento sob controle e, com isso,
evitar uma alta muito grande
na taxa de juros, que subiu 0,75
ponto na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central.
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