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Superávit da China quebra recorde e pressiona inflação
Saldo em maio foi de US$ 13 bi; entrada de dólares eleva quantidade de dinheiro em circulação, e preços avançam
País sofre pressão para
valorizar sua moeda, o yuan,
o que poderia reduzir os
elevados saldos comerciais
e frear ritmo da economia
DA BLOOMBERG
A China registrou, em maio,
superávit comercial recorde, de
US$ 13 bilhões, e a inflação se
acelerou, aumentando a pressão sobre o governo local para
que permita uma valorização
do yuan. No Brasil, o superávit
comercial no mesmo mês foi de
US$ 3,028 bilhões.
O saldo chinês superou a mediana das estimativas obtidas
em pesquisa realizada pela
Bloomberg News -que previa
US$ 12 bilhões- e foi maior do
que os US$ 10,5 bilhões de abril.
Segundo outro relatório divulgado pelo governo chinês, em
maio os preços ao consumidor
subiram 1,4% em relação ao
mesmo mês de 2005, maior alta dos últimos quatro meses.
O crescimento de 25,1% registrado pelas exportações chinesas no mês passado está minando os esforços do governo
local para controlar a inflação,
pois tem injetado recursos demais no país. A valorização do
yuan ajudaria a reduzir o desequilíbrio entre exportações e
importações e acalmaria os
parlamentares norte-americanos, que desejam reduzir o déficit comercial recorde dos
EUA com a China e solicitam a
adoção de tarifas de importação para os produtos chineses.
"O governo pretende manter
sob controle a base monetária e
o crescimento da concessão de
empréstimos para impedir que
esses fatores estimulem a inflação e gerem bolhas para os preços dos ativos", disse Tai Hui,
economista do Standard Chartered Bank de Hong Kong. "Há
uma entrada de recursos considerável na economia, e é um
desafio para o banco central da
China impedir que esse fluxo
aumente a base monetária."
As exportações chinesas alcançaram US$ 73,1 bilhões em
maio e as importações se elevaram para US$ 60,1 bilhões, segundo o relatório.
A base monetária chinesa
deu um salto de 19,5% em maio.
Foi sua expansão mais acelerada desde dezembro de 2003.
A valorização do yuan geraria
uma desaceleração das exportações, que ajudaram a impulsionar o crescimento econômico de 10,3% registrado pela
China no primeiro trimestre. O
presidente do Banco Popular
da China (o BC chinês), Zhou
Xiaochuan, elevou a taxa básica
de juros do país em abril passado para reduzir as concessões
de empréstimos destinados à
realização de investimentos e
prometeu se retirar gradualmente do mercado de câmbio.
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