São Paulo, quarta-feira, 13 de junho de 2007

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Vaivém das commodities

mzafalon@folhasp.com.br

RETORNO AOS 25%
Empresários do setor sucroalcooleiro aguardam para hoje o anúncio, pelo governo, do retorno de 25% de mistura de álcool à gasolina.

MUITO QUIETO
O governo está muito quieto com relação aos preços atuais do álcool, segundo o setor. Quando há alta na usina, ele reduz o percentual de álcool na gasolina, ameaça interromper as exportações e quer acordos para impedir novos aumentos.

HORA DE AGIR
Os preços despencam nas usinas e o governo deveria ficar atento às margens das distribuidoras, diz o setor. O Cepea indica quedas de 37% no álcool anidro e de 38% no hidratado, de 20 de abril até agora. Nos postos em São Paulo, a queda é de apenas 3,83% no período, mostra pesquisa da Folha.

PARIDADE
A paridade álcool-gasolina em Minas Gerais é de 70,8%, o que não estimula o consumo. Já em São Paulo, onde poderia ser menor, a paridade é de 56,6%. Em MG, o litro de álcool custa R$ 1,71; em SP, R$ 1,37.

SAFRA MAIOR
A safra nacional de grãos de 2007 deve chegar a 135,1 milhões de toneladas, 2,2% superior à estimativa de abril. Se confirmada, essa produção vai superar em 15,5% a obtida em 2006, segundo dados do IBGE.

GEADAS
Mesmo com as duas geadas ocorridas no Paraná, o Estado deve produzir 7,5 milhões de toneladas de milho na safrinha, segundo o analista José Pitoli. Em média, a quebra fica em 15% no Estado, com destaque para Cascavel e Toledo.

CENÁRIO BOM
Já o trigo vai bem no Paraná, segundo Pitoli. A região sul do Estado ainda está semeando, mas o Paraná deverá plantar 950 mil hectares, com produção estimada de 2,7 milhões a 3 milhões de toneladas.

DE NOVO O TRIGO
O produtor argentino de trigo vende para o moinho a US$ 120 a tonelada e recebe do governo 85% da diferença entre esses US$ 120 e o preço de exportação. E isso volta a ocorrer na exportação das farinhas de trigo, quando o produto paga 10% de Imposto de Exportação.

SUBSÍDIO DESLEAL
Já o trigo que o Brasil importa paga 20% de Imposto de Exportação, mas os registros estão fechados. Isso "é uma concorrência muito desleal", diz Samuel Hosken, da Abitrigo. O país poderia importar de outros mercados, mas a Tarifa Externa Comum de 10% e os transportes elevam os custos.

IMPULSO ÀS CARNES
Os preços do boi e do suíno estão em alta nos frigoríficos de São Paulo. A arroba do boi gordo foi negociada, em média, a R$ 55,80; a do suíno, a R$ 35.


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