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Ex-líder, PR sucumbe com abertura
JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA
O Paraná colheu, nesta safra, 30
mil toneladas de algodão em pluma. Isso representa menos de
10% do que o Estado produziu na
safra de 1991, quando chegou a
320 mil toneladas de algodão em
pluma. Os números só não são
piores porque mostram uma evolução de 57%, na área plantada,
em relação ao ano passado.
Principal produtor de algodão
até a década de 90, o Estado do
Paraná viu sua produção sucumbir na abertura de mercado promovida pelo governo Fernando
Collor de Mello (1990-92).
A competição com o algodão
subsidiado de outros países, especialmente os EUA, provocou uma
drástica redução de área a partir
de 1992, quando o Paraná plantou
705 mil hectares em algodão.
Com a redução de área, o Estado
perdeu 235 mil empregos diretos
com o fim da cultura.
Mas foi a mudança no sistema
de produção que tirou do Estado
a condição de grande produtor.
Enquanto Mato Grosso investe
na mecanização da colheita do
produto, no Paraná o algodão segue predominantemente uma
cultura de pequenos agricultores.
Vera Zardo, técnica do Departamento de Economia Rural, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, diz que a mudança no sistema de produção do
algodão significa que o Paraná
não irá recuperar sua condição de
líder na produção, "mas o Estado
tem tecnologia para conseguir ao
menos a auto-suficiência".
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