São Paulo, quarta-feira, 13 de julho de 2005

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MULTIMÍDIA

Financial Times da Inglaterra

Política em crise, mas economia estável

INGLATERRA - As agências de risco internacionais dizem que o Brasil está estável, apesar de sua mais grave crise política em anos. "Como assim?", pergunta o jornal britânico "Financial Times", em reportagem publicada hoje.
Quando Lula concorria à Presidência há três anos, relembra o jornal, os investidores fugiram do país. Agora, contudo, eles parecem não se importar com as acusações de corrupção que já levaram à saída de quatro funcionários da cúpula do PT.
É o "panorama estável", nota dada pela agência de risco Fitch Ratings ao Brasil anteontem. As ações brasileiras perderam valor quando ocorreram as primeiras acusações, mas o mercado de ações já não está mais nervoso que o normal.
Outro indicador é a moeda. No início da crise política, o real deu uma escorregada diante do dólar, mas já retomou sua trajetória ascendente: o dólar fechou ontem cotado a R$ 2,34. Quando Lula assumiu a Presidência, em janeiro de 2003, valia R$ 3,52.
A principal explicação encontrada pelo jornal para solucionar a aparente contradição entre economia e política é que o Brasil fez a lição de casa no ajuste fiscal e agora a balança de pagamentos está em ordem.
"Graças ao boom nas exportações, em especial de commodities, as reservas internacionais foram reconstruídas, o que aumentou a confiança do investidor", diz o presidente de Administração de Ativos do Banco do Brasil, Nelson Rocha Augusto.
O texto cita também um estudo do Banco Itaú que sugere serem as exportações de commodities as responsáveis pela valorização do real, mais do que a alta taxa de juros.
Mas o "Financial Times" alerta: as condições externas -como a fome por commodities- que mantêm a economia brasileira afastada de problemas podem mudar.


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