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Demanda por petróleo cresce, apesar do preço
DA REDAÇÃO
Apesar do aumento nos preços do petróleo, o Departamento de Energia dos EUA revisou para cima a previsão de
demanda mundial pelo produto: o crescimento será de 2,6%
este ano e de outros 2,5% em
2006.
Segundo o relatório do departamento, divulgado ontem,
o mundo consumirá 84,9 milhões de barris por dia durante
o terceiro trimestre de 2005. A
previsão, revista mensalmente,
é maior que a de junho em 400
mil barris por dia. Para o quarto trimestre, a demanda mundial é estimada em 87,2 milhões
de barris diários, 500 mil a mais
que o previsto no relatório anterior. Juntos, os números deste ano representam uma demanda de 2,1 milhões de barris
superior ao que foi consumido
diariamente em 2004.
No ano que vem, o mundo
consumirá 87 milhões de barris
diariamente, de acordo com a
nova estimativa. Em relação à
anterior, a previsão subiu em
300 mil barris. Já em relação ao
consumo de 2005, a estimativa
é de 2,1 milhões de barris a
mais. Ainda assim, o crescimento da demanda mundial
será inferior ao do ano passado, quando chegou a 3,4%.
Para a China, país cujo consumo de petróleo mais cresce
no mundo, a previsão feita em
junho permanece a mesma: o
país terá uma demanda de 7,2
milhões de barris por dia neste
ano, 700 mil a mais que em
2004. No ano passado, porém,
o crescimento era ainda maior:
consumo diário de 1 milhão de
barris a mais que em 2003.
O país que mais consome petróleo no mundo continua sendo os EUA: previsão de 20,9
milhões de barris diários em
2005 e 21,6 milhões em 2006,
crescimento de 0,9% e 1,6%,
respectivamente. Também
neste caso, contudo, o ritmo diminuiu. Em 2004, o aumento
foi de 3,5%.
Para atender à demanda, a
Opep (Organização dos Países
Exportadores de Petróleo) terá
que aumentar a produção. Segundo o Departamento de
Energia dos EUA, os países
produtores de petróleo que não
pertencem à Opep têm capacidade de aumentar a produção,
neste ano e em 2006, em apenas
800 mil barris diários, crescimento três vezes menor que o
da demanda total.
Preço
Os preços do barril de petróleo permanecerão acima de
US$ 55 pelo resto do ano e também durante 2006, de acordo
com o relatório do Departamento de Energia dos EUA.
Para o terceiro trimestre de
2005, o departamento revisou
sua expectativa de preço do
barril de US$ 52,83 (estimativa
realizada em junho) para US$
59,17, um aumento de 12% em
um mês.
O barril de petróleo negociado em Nova York fechou ontem cotado a US$ 60,62, valor
2,89% superior ao da véspera.
O de tipo Brent, negociado em
Londres, fechou ontem cotado
a US$ 58,82 o barril, um aumento de 2,4%.
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