São Paulo, quinta-feira, 13 de julho de 2006

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Tensão no Oriente Médio eleva dólar e afeta Bolsa

Bovespa recua 0,88%, e moeda dos EUA volta a R$ 2,20

DENYSE GODOY
DA FOLHA ONLINE

O crescimento da tensão no Oriente Médio se juntou ontem às incertezas acerca dos rumos da economia dos EUA como motivo para nervosismo no mercado financeiro. A Bovespa caiu 0,88%, para 36.229 pontos, com giro de R$ 1,738 bilhão. O dólar comercial avançou 0,73%, para R$ 2,201, e o risco-país teve alta de 1,22%, a 248 pontos. "O momento é de cautela", diz Ricardo Fontes, consultor financeiro e professor.
Tropas israelenses invadiram o Líbano depois que sete soldados foram mortos e outros dois foram seqüestrados pelo Hizbollah.
"Existe o medo de que a crise possa fazer os preços do petróleo subirem mais", explica Fontes. "Isso provocaria um aumento da inflação, conseqüente elevação dos juros e desaceleração da economia em todo o mundo." O barril do petróleo fechou ontem em Nova York a US$ 74,95, alta de 1,07%. Em Londres, a valorização foi de 0,98% (US$ 74,39).
A Bolsa de Nova York recuou 1,09%, para 11.013 pontos, e a Nasdaq (que reúne ações de empresas do setor de tecnologia) teve baixa de 1,81%, aos 2.090 pontos. Multa de 280,5 milhões aplicada à Microsoft pela União Européia devido à violação de determinações antitruste também influenciou no mercado dos EUA.
O mercado brasileiro continua seguindo os movimentos de Wall Street e, como persistem as dúvidas, a Bovespa e o câmbio ainda estão sujeitos a volatilidade. Entretanto, os bons indicadores econômicos -inflação baixa, taxa básica de juros em queda e elevado superávit comercial, por exemplo- contribuem para que as turbulências sejam sentidas com menor intensidade.


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