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Bancários recusam reajuste de 6%
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Os bancários recusaram a proposta de 6% de reajuste salarial,
feita pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) na última terça-feira, e podem parar a partir de
setembro caso as negociações salariais não avancem.
"Não há acordo sem aumento
real de salário. A proposta dos
bancos é indecorosa, nem repõe a
inflação", diz Wagner Freitas,
presidente da Confederação Nacional dos Bancários, da CUT.
"Nossa campanha objetiva discutir como repassar aos salários o
crescimento econômico. Se os ganhos dos bancos e das empresas
não são repassados aos salários,
não há distribuição de renda."
A proposta da Fenaban foi rejeitada ontem por cerca de 2.500
funcionários de vários bancos durante assembléia na praça do Patriarca, no centro de São Paulo.
Os bancários fizeram manifestação e paralisaram, por cerca de
duas horas, as atividades de 24
agências dessa região. Com data-base em setembro, os 400 mil funcionários de bancos públicos e
privados do país reivindicam 25%
de reajuste -6,22% referentes à
inflação e 17,68% de aumento
real. A categoria quer PLR (Participação nos Lucros e Resultados)
no valor de um salário e R$ 1.200
fixos, além de 13º e 14º salários. A
Fenaban propôs PLR equivalente
a 80% do salário e R$ 690 fixos.
"Melhorar o índice de reajuste
será difícil. A PLR é uma forma de
distribuir renda. Quanto ao pedido de ampliar o horário bancário
[a categoria quer as agências abertas das 9h às 17h, com dois turnos], é desperdiçar mão-de-obra.
É criar emprego por decreto, não
por demanda", diz Magnus Apostólico, coordenador de negociações trabalhistas da Fenaban.
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