São Paulo, sexta-feira, 13 de agosto de 2004

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Bancários recusam reajuste de 6%

CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Os bancários recusaram a proposta de 6% de reajuste salarial, feita pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) na última terça-feira, e podem parar a partir de setembro caso as negociações salariais não avancem.
"Não há acordo sem aumento real de salário. A proposta dos bancos é indecorosa, nem repõe a inflação", diz Wagner Freitas, presidente da Confederação Nacional dos Bancários, da CUT.
"Nossa campanha objetiva discutir como repassar aos salários o crescimento econômico. Se os ganhos dos bancos e das empresas não são repassados aos salários, não há distribuição de renda."
A proposta da Fenaban foi rejeitada ontem por cerca de 2.500 funcionários de vários bancos durante assembléia na praça do Patriarca, no centro de São Paulo.
Os bancários fizeram manifestação e paralisaram, por cerca de duas horas, as atividades de 24 agências dessa região. Com data-base em setembro, os 400 mil funcionários de bancos públicos e privados do país reivindicam 25% de reajuste -6,22% referentes à inflação e 17,68% de aumento real. A categoria quer PLR (Participação nos Lucros e Resultados) no valor de um salário e R$ 1.200 fixos, além de 13º e 14º salários. A Fenaban propôs PLR equivalente a 80% do salário e R$ 690 fixos.
"Melhorar o índice de reajuste será difícil. A PLR é uma forma de distribuir renda. Quanto ao pedido de ampliar o horário bancário [a categoria quer as agências abertas das 9h às 17h, com dois turnos], é desperdiçar mão-de-obra. É criar emprego por decreto, não por demanda", diz Magnus Apostólico, coordenador de negociações trabalhistas da Fenaban.


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