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MERCADO FINANCEIRO
Bovespa fecha estável com preocupação sobre barril; ação PN da Petrobras já subiu 2,8% na semana
Petróleo volta a incomodar investidores
DA REPORTAGEM LOCAL
O mercado doméstico não tem
conseguido se isolar do exterior.
A Bolsa de Valores de São Paulo
bem que tentou, mas não teve forças para subir e fechou o pregão
estável. O dólar teve pequeno recuo de 0,10% e fechou a R$ 3,035.
A alta do preço do barril de petróleo voltou a gerar desconforto
no mercado. Há rumores de que
os combustíveis possam subir no
Brasil ainda no fim de semana. As
Bolsas norte-americanas fecharam com perdas.
Na Bovespa, o destaque ficou
para as ações preferenciais da Petrobras, as mais negociadas do
pregão. A ação já subiu 2,8% na
semana e a expectativa é que suba
mais nos próximos dias, especialmente se a Petrobras reajustar
mesmo seus preços.
Como o petróleo não tem cedido, os juros futuros subiram ontem na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros). Apesar de
quase ninguém acreditar na possibilidade de o Copom (Comitê
de Política Monetária) elevar a taxa básica da economia -a Selic- em sua próxima reunião, as
chances de os juros caírem até o
fim do ano diminuem com o petróleo pressionado.
Na terça e na quarta, o Copom
-formado por diretores e o presidente do Banco Central- se
reúne e define a nova taxa básica,
que atualmente está em 16%
anuais. A Selic serve de referência
para as outras taxas praticadas no
mercado.
Segundo relatório do Unibanco
Asset Management, o BC "deverá
manter a taxa básica de juros estável nos próximos meses, podendo
voltar a reduzi-la à medida que os
temores de sobreaquecimento se
dissipem, que o cenário de inflação sinalize trajetória de convergência para as metas e que as expectativas de inflação para 2005
retrocedam".
O contrato DI com prazo de
vencimento em um ano fechou
ontem na BM&F com taxa de
17,75%, ante 17,64% no dia anterior.
Apesar do dia negativo, o risco-país recuou 1,03%, para 579 pontos, embalado por altas registradas pelos papéis da dívida brasileira negociados no mercado internacional.
No pregão da Bovespa, as ações
da Companhia Vale do Rio Doce
se destacaram. O papel preferencial "A" da empresa subiu 2,1%,
seguido pelo ordinário, com ganho de 2%.
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