São Paulo, sexta-feira, 13 de agosto de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Bovespa fecha estável com preocupação sobre barril; ação PN da Petrobras já subiu 2,8% na semana

Petróleo volta a incomodar investidores

DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado doméstico não tem conseguido se isolar do exterior. A Bolsa de Valores de São Paulo bem que tentou, mas não teve forças para subir e fechou o pregão estável. O dólar teve pequeno recuo de 0,10% e fechou a R$ 3,035.
A alta do preço do barril de petróleo voltou a gerar desconforto no mercado. Há rumores de que os combustíveis possam subir no Brasil ainda no fim de semana. As Bolsas norte-americanas fecharam com perdas.
Na Bovespa, o destaque ficou para as ações preferenciais da Petrobras, as mais negociadas do pregão. A ação já subiu 2,8% na semana e a expectativa é que suba mais nos próximos dias, especialmente se a Petrobras reajustar mesmo seus preços.
Como o petróleo não tem cedido, os juros futuros subiram ontem na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros). Apesar de quase ninguém acreditar na possibilidade de o Copom (Comitê de Política Monetária) elevar a taxa básica da economia -a Selic- em sua próxima reunião, as chances de os juros caírem até o fim do ano diminuem com o petróleo pressionado.
Na terça e na quarta, o Copom -formado por diretores e o presidente do Banco Central- se reúne e define a nova taxa básica, que atualmente está em 16% anuais. A Selic serve de referência para as outras taxas praticadas no mercado.
Segundo relatório do Unibanco Asset Management, o BC "deverá manter a taxa básica de juros estável nos próximos meses, podendo voltar a reduzi-la à medida que os temores de sobreaquecimento se dissipem, que o cenário de inflação sinalize trajetória de convergência para as metas e que as expectativas de inflação para 2005 retrocedam".
O contrato DI com prazo de vencimento em um ano fechou ontem na BM&F com taxa de 17,75%, ante 17,64% no dia anterior.
Apesar do dia negativo, o risco-país recuou 1,03%, para 579 pontos, embalado por altas registradas pelos papéis da dívida brasileira negociados no mercado internacional.
No pregão da Bovespa, as ações da Companhia Vale do Rio Doce se destacaram. O papel preferencial "A" da empresa subiu 2,1%, seguido pelo ordinário, com ganho de 2%.


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