São Paulo, quinta-feira, 13 de agosto de 2009

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Impulsionada pelo Fed e por recurso externo, Bolsa sobe 1,5%

Gol é destaque, com alta de 12,6%; Petrobras avança 2%

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Sem surpresas negativas por parte do Fed (o banco central dos EUA), o mercado acionário não encontrou empecilhos para retomar a rota de alta. A Bovespa, favorecida pelo fluxo externo, terminou com ganhos de 1,48%, aos 56.588 pontos.
Em seus mais elevados patamares desde agosto de 2008, a Bolsa registra valorização de 50,70% em 2009.
A Bovespa já recebeu R$ 13,3 bilhões em capital externo neste ano, recuperando relevante parcela dos recursos que fugiram do mercado doméstico em 2008, em decorrência do agravamento da crise internacional. No ano passado, saíram R$ 24,6 bilhões. Somente neste mês, até o dia 6, quase R$ 1 bilhão líquido em capital externo desembarcou na Bolsa.
O índice Ibovespa, principal referência do mercado local, registra valorização de 89,5% em dólares no ano. Ou seja, a Bolsa tem sido ainda mais lucrativa para os estrangeiros do que para os investidores locais.
"O fluxo externo segue forte. E é interessante notarmos que o investidor estrangeiro já olha para um leque mais amplo de ações para aplicar, tem demonstrado interesse também por empresas menores, e não apenas pelas tradicionais grandes companhias, como Petrobras e Vale", diz William Alves, analista da XP Investimentos.
Ontem ocorreu a reunião periódica do Fomc (comitê do Fed que define os juros). A taxa básica do país foi mantida em uma faixa entre zero e 0,25%, como era aguardado. O que permitiu que o mercado respirasse foram os comentários feitos pelo Fed após o encontro. Na avaliação da autoridade monetária dos EUA, a maior economia do mundo apresenta sinais de recuperação.
A resposta das Bolsas americanas foi positiva. O índice Dow Jones ganhou 1,30%. A Bolsa eletrônica Nasdaq subiu 1,47%.
No mercado londrino, a Bolsa registrou alta de 0,97%.
A apreciação das commodities, com destaque para petróleo e metais, ajudou o Ibovespa a operar em alta durante quase todo o pregão de ontem. No curto espaço em que ficou no vermelho, o máximo que recuou ontem foi 0,09%.
Em sintonia com a alta do petróleo -que fechou vendido a US$ 70,16, após subir 1%-, a ação PN da Petrobras fechou com ganhos de 2,14%. O papel PNA da Vale avançou 0,86%.
Mas o grande destaque do pregão ficou com as ações preferenciais da Gol. A empresa aérea, que apresentou lucro no segundo trimestre, encerrou o dia no topo do Ibovespa, com apreciação de 12,57%.


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