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AVIAÇÃO
Índice enviado à Fazenda é inferior aos 9,5% pedidos pelas empresas
DAC sugere aumento de 2,9% na passagem aérea
ISABEL CLEMENTE
da Sucursal do Rio
O DAC (Departamento de
Aviação Civil) encaminhou ao
Ministério da Fazenda sua sugestão para que as tarifas aéreas nacionais sejam reajustadas em
2,9%.
A Folha apurou que o pedido
foi encaminhado ontem à noite
ao ministério. Com isso, o DAC
restringiu o percentual de reajuste das passagens aéreas solicitado
pelas quatro principais companhias aéreas do país nos últimos
dois dias (9,5%). Geralmente, as
sugestões do DAC são acatadas
pelo governo.
As companhias aéreas, que já
reduziram as promoções oferecidas em todos os seus vôos, alegam
que as tarifas precisam ser revistas devido à alta do querosene de
aviação e dos impostos, incluindo
aí a reintrodução, desde 17 de junho, da CPMF (Contribuição
Provisória sobre Movimentação
Financeira), além da variação
cambial.
O DAC checou as planilhas das
empresas e aceitou, em parte, os
argumentos.
Por lei, as tarifas públicas estão
submetidas, por contrato, a uma
atualização anual. Segundo advogados ligados às companhias aéreas, essa restrição não constaria
dos contratos de concessão das linhas, e não seria entrave a uma
revisão feita em prazo menor.
Em junho,10,9%
As passagens aéreas já haviam
sido reajustadas em 10,9% em junho. Nesta semana, as companhias começaram a reduzir os
descontos oferecidos em todas as
rotas nacionais.
No auge da guerra tarifária, no
ano passado, havia ofertas de até
60% de desconto nas passagens.
Hoje, os descontos são, no máximo, de 20%, caso da Vasp e da
Transbrasil, e não passam de
13,5%, na Varig, e de 12%, na
TAM. A ponte aérea entre Rio e
São Paulo está 10%, em média,
mais cara, por causa da redução
dos descontos.
A guerra tarifária aumentou o
número de passageiros transportados em 98, mas o faturamento
das empresas não acompanhou o
ritmo e o lucro caiu.
Segundo dados do DAC, houve
acréscimo de 23,8% no número
de passageiros em 98 em comparação com 97. Mesmo assim, só a
TAM conseguiu fechar o ano no
azul, com lucro de R$ 15,5 milhões.
No primeiro trimestre deste
ano, todas tiveram prejuízo. Uma
indicação de que os balanços do
segundo trimestre continuaram
em baixa é a queda de 7,6% no
número de passageiros transportados entre janeiro e julho deste
ano, segundo dados divulgados
pelo DAC.
Encontro
Os presidentes da Varig, Vasp,
Transbrasil e TAM voltaram a se
reunir na terça-feira, em Brasília,
menos de uma semana depois do
encontro que tiveram em São
Paulo.
As empresas informam estarem
tratando de assuntos de interesse
do setor, e negam uma provável
fusão ou incorporação entre elas.
Essa foi a resposta dada à CVM
(Comissão de Valores Mobiliários), órgão fiscalizador do mercado de capitais, que pediu explicações sobre o assunto às companhias.
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