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VÔO DA ÁGUIA
Indicador fica abaixo do esperado; confiança do consumidor cai
Vendas nos EUA crescem pouco
DA REDAÇÃO
Dois índices divulgados ontem
nos Estados Unidos deixaram o
mercado nervoso, mostrando que
a aceleração do crescimento da
maior economia do planeta pode
não ocorrer sem tropeços.
Relatório divulgado ontem pelo
Departamento do Comércio
mostra que as vendas no varejo
subiram 0,6% no mês passado.
Mesmo positiva, a alta foi menor
do que a esperada por analistas
-que previam algo em torno de
1,5%-, mas ainda assim considerada um sólido avanço. Isso mostra, dizem especialistas, que o pacote de redução de impostos do
governo de George W. Bush começa a ter efeitos no bolso dos
consumidores.
As vendas de carros, em dólares,
subiram apenas 0,5% no mês passado, de alcançar um crescimento
de 2,4% em julho. O dado contrasta com relatórios apresentados pelas montadoras de carros,
que davam conta de um aumento
de 10% nas vendas.
Excluindo as vendas de carros, a
demanda por bens de varejo subiu 0,7%, indo ao encontro das
expectativas.
Um outro indicador, porém,
desapontou. O índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan caiu de 89,3 pontos em agosto para 88,2 pontos
em setembro, numa leitura preliminar.
A inflação nos Estados Unidos
continua baixa. O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em
inglês) foi de 0,4% em agosto. O
núcleo do PPI, no entanto, que
não considera os preços de alimentos e energia (mais voláteis)
avançou apenas 0,1% no mês passado.
O mercado reagiu mal ao fraco
desempenho das vendas no varejo e à queda no índice de confiança do consumidor. O índice Dow
Jones da Bolsa de Nova York subiu 0,12%, enquanto a Nasdaq,
Bolsa que reúne as ações de empresas de tecnologia, avançou
0,48%.
Outro fator que influenciou negativamente o mercado americano foram os resultados da Oracle,
a segunda maior empresa de software do mundo. Os lucros da
companhia subiram 28% no segundo trimestre do ano. O problema foram as vendas de licença
de software, um indicador bastante influente, que caíram 7% no
trimestre.
Apesar de terem fechado em alta, as Bolsas americanas tiveram
forte queda logo após a divulgação dos relatórios.
Com agências internacionais
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