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São Paulo, sábado, 13 de setembro de 2003

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VÔO DA ÁGUIA

Indicador fica abaixo do esperado; confiança do consumidor cai

Vendas nos EUA crescem pouco

DA REDAÇÃO

Dois índices divulgados ontem nos Estados Unidos deixaram o mercado nervoso, mostrando que a aceleração do crescimento da maior economia do planeta pode não ocorrer sem tropeços.
Relatório divulgado ontem pelo Departamento do Comércio mostra que as vendas no varejo subiram 0,6% no mês passado. Mesmo positiva, a alta foi menor do que a esperada por analistas -que previam algo em torno de 1,5%-, mas ainda assim considerada um sólido avanço. Isso mostra, dizem especialistas, que o pacote de redução de impostos do governo de George W. Bush começa a ter efeitos no bolso dos consumidores.
As vendas de carros, em dólares, subiram apenas 0,5% no mês passado, de alcançar um crescimento de 2,4% em julho. O dado contrasta com relatórios apresentados pelas montadoras de carros, que davam conta de um aumento de 10% nas vendas.
Excluindo as vendas de carros, a demanda por bens de varejo subiu 0,7%, indo ao encontro das expectativas.
Um outro indicador, porém, desapontou. O índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan caiu de 89,3 pontos em agosto para 88,2 pontos em setembro, numa leitura preliminar.
A inflação nos Estados Unidos continua baixa. O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) foi de 0,4% em agosto. O núcleo do PPI, no entanto, que não considera os preços de alimentos e energia (mais voláteis) avançou apenas 0,1% no mês passado.
O mercado reagiu mal ao fraco desempenho das vendas no varejo e à queda no índice de confiança do consumidor. O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York subiu 0,12%, enquanto a Nasdaq, Bolsa que reúne as ações de empresas de tecnologia, avançou 0,48%.
Outro fator que influenciou negativamente o mercado americano foram os resultados da Oracle, a segunda maior empresa de software do mundo. Os lucros da companhia subiram 28% no segundo trimestre do ano. O problema foram as vendas de licença de software, um indicador bastante influente, que caíram 7% no trimestre.
Apesar de terem fechado em alta, as Bolsas americanas tiveram forte queda logo após a divulgação dos relatórios.


Com agências internacionais


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