São Paulo, quarta-feira, 13 de outubro de 2004
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PAINEL S.A. Moeda de troca 1 Para Júlio Gomes de Almeida (Iedi), a indústria não deve ser usada como moeda de troca nas negociações internacionais, especialmente os setores de siderurgia, química e papel e celulose, nos quais o país tem muita competitividade. O Ministério da Fazenda quer reduzir a tarifa desses setores em tentativa de retomar o acordo Mercosul/UE. Moeda de troca 2 Se a Fazenda considera um problema a escassez de produtos nesses setores, afirma Júlio Gomes de Almeida, deve então realizar um programa de investimento para as áreas. Casa própria Em agosto deste ano, a Caixa Econômica realizou R$ 1,883 bilhão de financiamentos para a casa própria com recursos do FGTS, Programa de Habitação de Interesse Social e Pró-Moradia. O montante foi 10% maior do que o de agosto de 2003. Previdência 1 O mercado de previdência complementar aberta registrou captação de novos recursos da ordem de R$ 11,8 bilhões entre janeiro e agosto de 2004. O crescimento foi de 35,64% em relação ao mesmo período de 2003, quando novos depósitos nos planos de previdência privada chegaram a R$ 8,7 bilhões. Previdência 2 Esse volume equivale a 80,5% dos R$ 14,6 bilhões depositados em planos de previdência em 2003. Na comparação com o acumulado até julho de 2004, o setor cresceu 15,3% em novas contribuições. Os dados integram o balanço da Anapp (associação da previdência privada). Seminário O BNDES faz nos dias 26 e 27 o seminário "Arranjos Produtivos Locais como Instrumento de Desenvolvimento". O ministro Luiz Fernando Furlan deve abrir o evento. Apagão florestal 1 Reunido ontem na última semana, em Roma, o Comitê Consultivo de Florestas da FAO -presidido pelo brasileiro Boris Tabacof- emitiu um alerta sobre a crescente falta de madeira. A questão foi mostrada pelos representantes de Canadá, EUA e Japão, que prevêem um "apagão florestal" no mundo. Apagão florestal 2 Boris Tabacof, que também preside o conselho da Bracelpa, fez uma advertência sobre a necessidade de plantar florestas e promover seu cultivo auto-sustentado, antes que uma grave crise afete os produtores que utilizam matéria-prima florestal e acarretem falta desses produtos industrializados. Celulose A produção brasileira de celulose deve atingir, neste ano, 9,4 milhões de toneladas. Em 2005 o incremento será maior, devido à entrada em produção da empresa Veracel, na Bahia, cuja capacidade será de 900 mil toneladas. O país já é o terceiro maior produtor mundial de celulose do mercado, ficando atrás só do Canadá e dos Estados Unidos. Energia Suedeen Kelly, uma das maiores especialistas em energia dos Estados Unidos e membro da comissão federal regulatória de energia americana, faz na Faap duas conferências sobre "A Experiência Norte Americana na Regulação Energética". Os eventos acontecem na semana que vem, em São Paulo. E-mail - guilherme.barros@uol.com.br ANÁLISE Superávit
A nova meta de superávit primário fixada pelo governo para
este ano, de 4,5%, é insuficiente,
pois o superávit primário acumulado nos últimos 12 meses,
até agosto, está em 4,95%. Essa é
a avaliação do economista Marcelo Fonseca, do HSBC. Segundo ele, isso significa dizer que a
política fiscal passaria a ter um
caráter expansionista, caso o governo decida cumprir exatamente a nova meta fixada. Ele
observa ainda que a qualidade
do ajuste fiscal tem deixado
muito a desejar. "Os dados relativos à execução orçamentária
mostram que as despesas com
custeio e capital cresceram a valores correntes de 24% de janeiro a agosto, em relação a igual
período de 2003. Vale dizer que
esses gastos são, na maior parte,
de natureza discricionária, isto
é, não estão sujeitos a vinculações orçamentárias e sua execução pode ser arbitrariamente
controlada pelo governo." Marcelo Fonseca, do HSBC NÚMEROS 64,6% Foi a alta acumulada em 12 meses nos preços dos tubos de cobre em SP, segundo o Sinduscon. 8,9% Foi a queda nos títulos protestados em São Paulo no mês passado, segundo o Instituto de Protestos. Próximo Texto: Prioritário, crédito para máquinas não decola Índice |
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