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POLÍTICA INDUSTRIAL
Setores têm procura por crédito maior que a do Modermaq
Fármaco e informática sacam recursos
DA SUCURSAL DO RIO
Se os programas de financiamento do BNDES voltados para
bens de capital (máquinas e equipamentos) ainda não deslancharam, os dois outros integrantes da
política industrial apresentam um
melhor desempenho.
O Profarma, voltado para a produção de medicamentos e pesquisas da indústria farmacêutica, tem
R$ 500 milhões disponíveis para
empréstimos e já possui financiamentos em análise de R$ 437 milhões (87,4% do total).
O Prosoft, específico para a produção, comercialização e exportação de software, tem R$ 100 milhões disponíveis e o BNDES recebeu pedidos que somam R$ 60
milhões (60% do total).
O secretário de Desenvolvimento de Produção do Ministério do
Desenvolvimento, Carlos Gastaldoni, afirmou que os fármacos
são considerados prioritários para a política industrial pelo fato de
o setor hoje depender muito de
importações. "O Brasil tem um
déficit comercial de US$ 2,2 bilhões por ano nessa cadeia de fármacos e medicamentos. Precisamos incrementar a nossa indústria para depender menos do
mercado externo", disse.
Desde o lançamento da política
industrial, em março deste ano, o
BNDES recebeu 19 pedidos de financiamentos para o setor de fármacos. Na semana passada, a diretoria do banco aprovou o primeiro financiamento, última fase
antes da contratação e liberação
efetiva dos recursos.
O empréstimo, de R$ 16,9 milhões, foi para a empresa brasileira Libbs Farmacêutica, destinado
à instalação de uma nova fábrica
em Embu (São Paulo), com capacidade para fabricar 53,6 milhões
de caixas de medicamentos por
ano. As atuais instalações têm capacidade instalada de 17,8 milhões de unidades por ano. O investimento total é de R$ 48,5 milhões, sendo que R$ 31,6 milhões
virão da própria Libbs.
Com relação ao Prosoft, 44 operações de empréstimos estão em
andamento no BNDES, sendo
que 32 estão na fase final de aprovação ou contratação. O Prosoft já
havia sido criado pelo BNDES,
mas foi reformulado com o lançamento da política industrial.
Além dos R$ 60 milhões, já tramitavam no banco pedidos de empréstimos de R$ 92 milhões.
O chefe do Departamento de Indústria Eletrônica do banco, Julio
Cesar Ramundo, afirmou que o
maior empréstimo já aprovado e
contratado é para a empresa alemã T-System, sediada em São
Paulo, no valor de R$ 20 milhões.
Segundo ele, a primeira parcela
deve ser liberada ainda neste mês.
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