São Paulo, quarta-feira, 13 de outubro de 2004

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POLÍTICA INDUSTRIAL

Setores têm procura por crédito maior que a do Modermaq

Fármaco e informática sacam recursos

DA SUCURSAL DO RIO

Se os programas de financiamento do BNDES voltados para bens de capital (máquinas e equipamentos) ainda não deslancharam, os dois outros integrantes da política industrial apresentam um melhor desempenho.
O Profarma, voltado para a produção de medicamentos e pesquisas da indústria farmacêutica, tem R$ 500 milhões disponíveis para empréstimos e já possui financiamentos em análise de R$ 437 milhões (87,4% do total).
O Prosoft, específico para a produção, comercialização e exportação de software, tem R$ 100 milhões disponíveis e o BNDES recebeu pedidos que somam R$ 60 milhões (60% do total).
O secretário de Desenvolvimento de Produção do Ministério do Desenvolvimento, Carlos Gastaldoni, afirmou que os fármacos são considerados prioritários para a política industrial pelo fato de o setor hoje depender muito de importações. "O Brasil tem um déficit comercial de US$ 2,2 bilhões por ano nessa cadeia de fármacos e medicamentos. Precisamos incrementar a nossa indústria para depender menos do mercado externo", disse.
Desde o lançamento da política industrial, em março deste ano, o BNDES recebeu 19 pedidos de financiamentos para o setor de fármacos. Na semana passada, a diretoria do banco aprovou o primeiro financiamento, última fase antes da contratação e liberação efetiva dos recursos.
O empréstimo, de R$ 16,9 milhões, foi para a empresa brasileira Libbs Farmacêutica, destinado à instalação de uma nova fábrica em Embu (São Paulo), com capacidade para fabricar 53,6 milhões de caixas de medicamentos por ano. As atuais instalações têm capacidade instalada de 17,8 milhões de unidades por ano. O investimento total é de R$ 48,5 milhões, sendo que R$ 31,6 milhões virão da própria Libbs.
Com relação ao Prosoft, 44 operações de empréstimos estão em andamento no BNDES, sendo que 32 estão na fase final de aprovação ou contratação. O Prosoft já havia sido criado pelo BNDES, mas foi reformulado com o lançamento da política industrial. Além dos R$ 60 milhões, já tramitavam no banco pedidos de empréstimos de R$ 92 milhões.
O chefe do Departamento de Indústria Eletrônica do banco, Julio Cesar Ramundo, afirmou que o maior empréstimo já aprovado e contratado é para a empresa alemã T-System, sediada em São Paulo, no valor de R$ 20 milhões. Segundo ele, a primeira parcela deve ser liberada ainda neste mês.


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