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RANKING
Brasil fica em 17º como destino para recursos externos diretos, diz consultoria
País cai em lista de investimentos
DA FOLHA ONLINE
O Brasil perdeu várias posições
e atingiu sua pior classificação em
um ranking dos melhores países
para investimentos, elaborado e
divulgado ontem pela consultoria
americana AT Kearney.
O ranking utiliza como base a
pesquisa anual realizada pela consultoria com executivos das maiores empresas do mundo.
O país foi apontado neste ano
como o 17º lugar mais atrativo para IED (investimentos estrangeiros diretos), oito posições pior do
que em 2003. É o posto mais baixo
desde que a AT Kearney começou
a divulgar a pesquisa, em 1998.
No relatório, a consultoria afirma que o cenário econômico brasileiro melhorou, com "maior estabilidade", "retomada do crescimento" e "melhores perspectivas
de lucratividade". Esses fatores,
de acordo com a AT Kearney,
"poderá ajudar a reverter o declínio em investimentos externos diretos" no país verificado no ano
passado. O Brasil atraiu em 2003
US$ 10,1 bilhões, contra US$ 16,6
bilhões no ano anterior.
"Entretanto preocupações com
questões de regulamentação, assim como oportunidades oferecidas em outros lugares do mundo
em desenvolvimento, podem limitar a capacidade do país [Brasil] de aumentar a entrada desses
investimentos", alerta a AT Kearney em seu relatório.
A consultoria americana dá a
entender que não há culpa direta
do governo Lula pela queda no
ranking: "Apesar dos esforços
hercúleos do governo para garantir a estabilidade macroeconômica, o Brasil ainda é percebido como um país de grande risco".
China lidera
A China manteve neste ano a
posição de liderança entre os países mais atraentes do mundo em
investimentos estrangeiros diretos, segundo a consultoria. A economia chinesa vem crescendo a
alta taxas há vários anos, o que
melhora o potencial para a abertura de novos negócios.
Já a Índia subiu três posições em
relação a 2003 e passou do sexto
para o terceiro lugar. É a melhor
colocação já obtida pelo país. Em
segundo lugar no geral, aparecem
os Estados Unidos.
Para a AT Kearney, "à medida
que a China e a Índia ganham posições de liderança na economia
global, os EUA e o resto do mundo vão enfrentar as grandes pressões competitivas dessas duas
economias dinâmicas e em rápida
evolução".
Mas os investidores também
devem reduzir os investimentos
na América Latina. Os recursos
migrarão para a Ásia, segundo a
pesquisa. Nessa linha, o México,
assim como o Brasil, também despencou no ranking dos melhores
destinos para investimentos e
caiu do terceiro posto para o 22º
em 2004. É o primeiro ano em que
o país não figura entre os dez destinos preferidos dos investidores
desde o início do estudo.
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