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Déficit comercial americano é o maior da história
DA REDAÇÃO
Impulsionado pelo aumento dos preços do petróleo, o déficit comercial americano bateu um novo recorde em agosto. A diferença entre importação e exportação
chegou a US$ 69,9 bilhões e
superou em US$ 1,9 bilhão o
valor de julho, que era, até
então, a maior marca.
O número divulgado pelo
Departamento de Comércio
surpreendeu analistas, que
antes o anúncio, disseram
que esperavam uma queda.
O déficit com a China cresceu e foi praticamente um
terço do valor (US$ 22 bilhões), mas o grande vilão do
mês foi o petróleo. O barril,
que em julho valeu, na média, US$ 64,84, passou para
US$ 66,12 no mês seguinte.
Assim, o déficit dos EUA com
os membros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) foi recorde: US$ 11,2 bilhões.
Como o petróleo voltou a
cair em setembro, economistas afirmam que a queda terá
reflexos no déficit desse mês.
O anúncio da quinta-feira
já foi utilizado pela oposição
para criticar a política do governo George W. Bush e deve
se tornar um tema ainda
mais presente nas eleições
parlamentares de novembro.
"Nós não estamos apenas
enviando nossos empregos
para fora, estamos também
mandando bilhões de dólares. Estamos exportando
empregos e riqueza, e não
produtos", disse a deputada
democrata Marcy Kaptur.
Na realidade, as exportações americanas cresceram
2,3% em agosto e chegaram a
US$ 122,4 bilhões. Porém,
elas foram superadas pelas
importações, que aumentaram 2,4% e ficaram em
US$ 192,3 bilhões.
Superávit chinês
O superávit comercial chinês nos nove primeiros meses do ano, de US$ 110,9 bilhões, já superou o registrado
em todo o ano passado, que
foi US$ 102 bilhões e era o
maior da história do país.
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