São Paulo, sexta-feira, 13 de outubro de 2006

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Déficit comercial americano é o maior da história

DA REDAÇÃO

Impulsionado pelo aumento dos preços do petróleo, o déficit comercial americano bateu um novo recorde em agosto. A diferença entre importação e exportação chegou a US$ 69,9 bilhões e superou em US$ 1,9 bilhão o valor de julho, que era, até então, a maior marca.
O número divulgado pelo Departamento de Comércio surpreendeu analistas, que antes o anúncio, disseram que esperavam uma queda.
O déficit com a China cresceu e foi praticamente um terço do valor (US$ 22 bilhões), mas o grande vilão do mês foi o petróleo. O barril, que em julho valeu, na média, US$ 64,84, passou para US$ 66,12 no mês seguinte. Assim, o déficit dos EUA com os membros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) foi recorde: US$ 11,2 bilhões.
Como o petróleo voltou a cair em setembro, economistas afirmam que a queda terá reflexos no déficit desse mês.
O anúncio da quinta-feira já foi utilizado pela oposição para criticar a política do governo George W. Bush e deve se tornar um tema ainda mais presente nas eleições parlamentares de novembro.
"Nós não estamos apenas enviando nossos empregos para fora, estamos também mandando bilhões de dólares. Estamos exportando empregos e riqueza, e não produtos", disse a deputada democrata Marcy Kaptur.
Na realidade, as exportações americanas cresceram 2,3% em agosto e chegaram a US$ 122,4 bilhões. Porém, elas foram superadas pelas importações, que aumentaram 2,4% e ficaram em US$ 192,3 bilhões.

Superávit chinês
O superávit comercial chinês nos nove primeiros meses do ano, de US$ 110,9 bilhões, já superou o registrado em todo o ano passado, que foi US$ 102 bilhões e era o maior da história do país.


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