São Paulo, sábado, 13 de outubro de 2007

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RODOVIAS

Estradas leiloadas não serão de Primeiro Mundo, diz associação

MARINA FALEIROS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O pedágio mais barato cobrado nas novas concessões de rodovias fechadas nesta semana é um sinal de que o nível de investimentos nos sete trechos leiloados será bem menor, se comparado às concessões anteriores feitas no Estado de São Paulo, diz Moacyr Duarte, presidente da ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias). "Nunca uma Fernão Dias será igual à Bandeirantes [estrada sob concessão em São Paulo]", afirma.
"As estradas concedidas no leilão desta semana serão boas, mas não consideradas auto-estradas de Primeiro Mundo, isso é fato", diz Duarte. Para ele, os contratos firmados no último leilão vão garantir só "um bom fluxo de tráfego, estradas bem cuidadas, sinalizadas e com assistência médica".
Ele explica que a geometria das rodovias concedidas nessa negociação é bem diferente, o que impede que se façam estradas largas e de alto padrão, como no Estado de São Paulo. "Isso é um fato irreversível, não há nem espaço para isso." Ele crê que São Paulo seja o único Estado que tem rodovias de alta qualidade, com investimentos muito superiores aos realizados nas estradas federais.
Em relação às concessões, ele explica que o governo federal sempre agiu dessa forma, decidindo pela menor tarifa. "Já em São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, é diferente, o governo do Estado definiu a tarifa e ganhou quem ofereceu o melhor valor ao governo ou quilometragem."
As concessões leiloadas na terça-feira passada tiveram deságio de até 65,43%, ocorrido na Fernão Dias, arrematada pela OHL.


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