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RODOVIAS
Estradas leiloadas não serão de Primeiro Mundo, diz associação
MARINA FALEIROS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O pedágio mais barato cobrado nas novas concessões
de rodovias fechadas nesta
semana é um sinal de que o
nível de investimentos nos
sete trechos leiloados será
bem menor, se comparado às
concessões anteriores feitas
no Estado de São Paulo, diz
Moacyr Duarte, presidente
da ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de
Rodovias). "Nunca uma Fernão Dias será igual à Bandeirantes [estrada sob concessão em São Paulo]", afirma.
"As estradas concedidas
no leilão desta semana serão
boas, mas não consideradas
auto-estradas de Primeiro
Mundo, isso é fato", diz
Duarte. Para ele, os contratos firmados no último leilão
vão garantir só "um bom fluxo de tráfego, estradas bem
cuidadas, sinalizadas e com
assistência médica".
Ele explica que a geometria das rodovias concedidas
nessa negociação é bem diferente, o que impede que se
façam estradas largas e de alto padrão, como no Estado
de São Paulo. "Isso é um fato
irreversível, não há nem espaço para isso." Ele crê que
São Paulo seja o único Estado que tem rodovias de alta
qualidade, com investimentos muito superiores aos realizados nas estradas federais.
Em relação às concessões,
ele explica que o governo federal sempre agiu dessa forma, decidindo pela menor tarifa. "Já em São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, é diferente, o governo do Estado
definiu a tarifa e ganhou
quem ofereceu o melhor valor ao governo ou quilometragem."
As concessões leiloadas na
terça-feira passada tiveram
deságio de até 65,43%, ocorrido na Fernão Dias, arrematada pela OHL.
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