|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
OceanAir afirma que quer crescer com rotas alternativas
JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO
O empresário German Efromovich, dono da OceanAir,
afirma que desistiu da disputa
com a "concorrência predatória" no Brasil. A estratégia que a
companhia aérea adotou para
aumentar sua fatia de mercado
é investir em rotas específicas.
A companhia iniciou no final
de agosto sua primeira rota internacional. O destino escolhido foi a Cidade do México, e o
vôo é realizado com um
Boeing-767/300. De acordo
com Efromovich, os próximos
destinos serão Luanda, na Angola, Lagos, na Nigéria, Los Angeles, nos Estados Unidos, e alguns países da América Latina.
Em maio, o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva já havia se
reunido com as principais empresas aéreas para incentivar a
criação de rotas para o continente africano. A medida sempre foi considerada pouco
atraente do ponto de vista comercial pelas companhias.
O próximo destino que a
OceanAir pretende inaugurar é
Luanda, capital da Angola, país
que tem recebido um volume
crescente de funcionários e
empresas brasileiras que apostam no crescimento econômico
do país em reconstrução. A estimativa do governo para este
ano era de um crescimento econômico da ordem de 19%.
A OceanAir nasceu como
uma empresa de táxi aéreo para
atender companhias de petróleo na bacia de Campos. Começou a explorar rotas para cidades de médio porte e é hoje a quinta maior empresa em fatia
de mercado, de acordo com dados da Anac (Agência Nacional
de Aviação Civil). No mês passado, ela respondeu por 2,61%
do mercado.
Apesar do tamanho reduzido
de operações, especialistas ouvidos pela Folha afirmaram
que a companhia tende a ganhar espaço nos próximos anos
com a chegada de novas aeronaves. A OceanAir tem encomendas de mais de 30 aviões
da Airbus.
A companhia abrirá uma loja
até novembro na favela da Rocinha (zona sul do Rio), e pretende oferecer pagamento em
até 36 parcelas. O parcelamento dependerá de análise financeira. "Vamos buscar onde tem
mercado. Se a coisa explodir,
vamos aumentar os vôos para o
Nordeste. Um sujeito que consegue ficar três dias dentro de
um ônibus tomando só um banho vai preferir ir de avião se
for o mesmo custo", disse.
Vasp
Efromovich é um dos interessados na aquisição de ativos
da Vasp, que devem ir a leilão
no final do mês. O empresário
ainda não apresentou proposta
formal. "Não queremos comprar dívida do senhor Canhedo
[Wagner Canhedo, ex-dono da
Vasp] ou de qualquer outra pessoa", disse. A Vasp deixou de
operar em 2005 e está em recuperação judicial. Além da OceanAir, outros quatro investidores mostraram interesse pela companhia.
O risco de assumir dívidas
anteriores foi o que afastou o
empresário do leilão das operações da Varig. A empresa acabou sendo comprada pela VarigLog, que tem o fundo americano Matlin Patterson como investidor. O fundo pretende
comprar as operações de manutenção da Vasp. Já a OceanAir quer ficar com todos os
ativos à venda: cargas, manutenção, apoio aeroportuário e
treinamento.
Texto Anterior: Embratur eleva orçamento para atrair estrangeiro Próximo Texto: Fila on-line para passaporte supera 35 dias Índice
|