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Colômbia quer acabar com bitributação ao país
País quer pôr fim ao excesso de impostos ao Brasil
JULIO WIZIACK
DA REPORTAGEM LOCAL
A Colômbia não quer mais
ser vista só como o maior exportador mundial de cocaína.
Embora o narcotráfico seja um
problema, nos últimos cinco
anos, os investimentos estrangeiros diretos dobraram e o PIB
cresceu 2% acima da média da
América Latina. Em 2006, ele
aumentou 6,8%, e deverá subir
7,5%, em 2007. Até 2010, o ministro de Comércio, Indústria e
Turismo, Luis Guillermo Plata,
quer captar US$ 12,5 bilhões.
FOLHA - A Colômbia está prestes a
fechar um tratado de livre comércio
com os EUA. Há planos de um acordo do gênero com o Brasil?
LUIS GUILLERMO PLATA - Negociamos com o Brasil via Mercosul,
em 2004. O que poderia haver
entre nossos países seria um
acordo para acabar com a bitributação entre os produtos. O
comércio entre o Brasil e a Colômbia está crescendo muito,
mas temos um déficit. Exportamos US$ 250 milhões e importamos US$ 2,5 bilhões.
FOLHA - Como a Colômbia pretende reverter esse déficit?
PLATA - Produzimos coisas parecidas. Por isso tentamos inverter essa balança atraindo investidores brasileiros.
FOLHA - O envolvimento de congressistas, próximos ao presidente
Uribe, e guerrilheiros não atrapalha
na hora de atrair investimentos?
PLATA - A Colômbia é um Estado de Direito. O Contrato de
Estabilidade Jurídica garante
aos investidores que as regras
serão mantidas por vinte anos.
Além disso, criamos a Zona
Franca Uniempresarial. Quem
investe US$ 32 milhões na indústria ou US$ 16 milhões no
agronegócio tem descontos de
impostos, que passam de 34%
para 15%. Também podem importar máquinas livres de impostos. No setor de turismo,
concedemos isenção de imposto de renda por 30 anos.
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