São Paulo, terça-feira, 13 de novembro de 2007

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Colômbia quer acabar com bitributação ao país

País quer pôr fim ao excesso de impostos ao Brasil

JULIO WIZIACK
DA REPORTAGEM LOCAL

A Colômbia não quer mais ser vista só como o maior exportador mundial de cocaína. Embora o narcotráfico seja um problema, nos últimos cinco anos, os investimentos estrangeiros diretos dobraram e o PIB cresceu 2% acima da média da América Latina. Em 2006, ele aumentou 6,8%, e deverá subir 7,5%, em 2007. Até 2010, o ministro de Comércio, Indústria e Turismo, Luis Guillermo Plata, quer captar US$ 12,5 bilhões.  

FOLHA - A Colômbia está prestes a fechar um tratado de livre comércio com os EUA. Há planos de um acordo do gênero com o Brasil?
LUIS GUILLERMO PLATA
- Negociamos com o Brasil via Mercosul, em 2004. O que poderia haver entre nossos países seria um acordo para acabar com a bitributação entre os produtos. O comércio entre o Brasil e a Colômbia está crescendo muito, mas temos um déficit. Exportamos US$ 250 milhões e importamos US$ 2,5 bilhões.

FOLHA - Como a Colômbia pretende reverter esse déficit?
PLATA
- Produzimos coisas parecidas. Por isso tentamos inverter essa balança atraindo investidores brasileiros.

FOLHA - O envolvimento de congressistas, próximos ao presidente Uribe, e guerrilheiros não atrapalha na hora de atrair investimentos?
PLATA
- A Colômbia é um Estado de Direito. O Contrato de Estabilidade Jurídica garante aos investidores que as regras serão mantidas por vinte anos. Além disso, criamos a Zona Franca Uniempresarial. Quem investe US$ 32 milhões na indústria ou US$ 16 milhões no agronegócio tem descontos de impostos, que passam de 34% para 15%. Também podem importar máquinas livres de impostos. No setor de turismo, concedemos isenção de imposto de renda por 30 anos.


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