São Paulo, terça-feira, 13 de novembro de 2007

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Desembolsos do BNDES aumentam 40% no ano

Avanço chega a 75,5% para projetos em infra-estrutura

JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO

Os desembolsos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) somaram R$ 49,8 bilhões de janeiro a outubro. O resultado representa um crescimento de 40% em relação a igual período de 2006. Segundo o banco, não houve aumento apenas no volume financiado mas também no número de tomadores de empréstimos. O total de operações cresceu 86,3% e chegou a 165,2 mil de janeiro a outubro.
Nos últimos 12 meses, o banco liberou R$ 66,6 bilhões em empréstimos. Entre os setores financiados, o crescimento mais expressivo foi para infra-estrutura. Em dez meses, houve alta de 75,5% e o valor chegou a R$ 20,6 bilhões. O banco destaca os novos investimentos em telecomunicações, energia elétrica, transportes e construção civil como os principais responsáveis pela expansão.
Entre os principais empréstimos, destacam-se o financiamento de R$ 1,5 bilhão para a Vivo, o de R$ 1,6 bilhão para a hidrelétrica Foz do Chapecó, controlada pela CPFL, e mais de R$ 2 bilhões em empréstimos a estaleiros que estão construindo navios da Transpetro. Isto não significa que esses projetos já tenham tido os recursos. Normalmente, em projetos de grande monta, o banco os libera em parcelas.
Segundo Fernando Puga, assessor da presidência do banco, o avanço também está relacionado ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). "Telecomunicações têm um ciclo de investimento de três em três anos. Há uma parte muito forte relacionada a transportes, com renovação de frotas de ônibus e caminhões. Energia elétrica também está com maior demanda." No ano, empréstimos para infra-estrutura somam 36,4 mil operações.
Os empréstimos para a indústria cresceram 14% e somaram R$ 21 bilhões. Segundo Puga, desde 2006 a indústria está em momento de expansão, e a base mais alta de comparação justifica o crescimento menor. A liberação para agropecuária cresceu 52,8% e ficou em R$ 4 bilhões. Para o setor de comércio e serviços, ficaram em R$ 4,2 bilhões, com alta de 93,8%.
As aprovações somaram R$ 68,5 bilhões (alta de 27,1%). Segundo o BNDES, o descompasso entre aprovações e desembolsos é sinal de que a demanda está aquecida e que a liberação de recursos tende a crescer.


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