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G20 incentivará países a adotar medidas de estímulo fiscal
DO ENVIADO A WASHINGTON
A principal medida conjunta
esperada da reunião do G20 no
sábado, em Washington, é um
comprometimento dos países
em adotar medidas de estímulo
fiscal em suas economias.
A expectativa é que quase nada avance no campo de uma nova regulamentação conjunta
para as atividades financeiras
em cada país. Mas que sejam
criados grupos permanentes de
trabalho para começar a delinear o assunto.
Outra medida prática esperada é que os países membros do
G20 (que inclui os sete mais ricos do mundo e vários outros
emergentes, entre eles Brasil e
China) anunciem um reforço
no capital do FMI, para que ele
possa atender a uma demanda
crescente por ajuda em várias
partes do mundo.
O governo japonês, por
exemplo, já se dispôs a injetar
US$ 200 bilhões no Fundo, e o
movimento poderia ser acompanhado por China e por alguns países árabes.
Em entrevista ontem, Daniel
Price, assessor do presidente
George W. Bush para assuntos
internacionais, e David McCormick, secretário-assistente do
Tesouro dos EUA, afirmaram
que a reforma da regulamentação do sistema financeiro não é
o "objetivo da reunião".
Entre as prioridades, McCormick citou "estímulos fiscais" e
o reforço do FMI. Ele explicou
que a escolha do fórum no âmbito do G20 se deu porque os
países-membros representam
cerca de 90% do PIB mundial.
De todos os líderes que vêm
considerando os estímulos fiscais, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, é que o
tem feito a defesa mais ativa da
medida, apesar de o Reino Unido ter hoje o maior déficit fiscal
entre as economias avançadas.
No caso dos EUA, tudo dependerá da atuação do novo
presidente eleito, Barack Obama, que tomará posse no dia 20
de janeiro. Obama já avisou que
não participará do encontro do
G20, organizado pelo presidente George W. Bush.
Obama, porém, apontou Madeleine Albright, ex-secretária
de Estado no governo Bill Clinton, e o ex-deputado republicano Jim Leach como seus representantes na reunião do G20.
O presidente Lula pedirá, durante a reunião do G20, mais
responsabilidade aos países cujas políticas transferem riscos e
prejuízos a outras nações, como ocorreu com a crise financeira iniciada nos EUA.
Segundo o porta-voz da Presidência da República, Marcelo
Baumbach, Lula apresentará
uma série de "princípios" que o
Brasil considera fundamentais
para criar nova ordem econômica mundial.
Colaboraram a Redação e a Sucursal de Brasília
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