|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TAM e Gol são as que mais lucram no setor nas Américas
De janeiro a setembro, TAM lucrou US$ 674 milhões, e a Gol, US$ 267 milhões
TAM anuncia estratégia
para conquistar classe C com
preços competitivos com as
tarifas de ônibus em trechos
acima de mil quilômetros
MARIANA BARBOSA
DA REPORTAGEM LOCAL
TAM e Gol reverteram prejuízos do ano passado e, pela
primeira vez, estão liderando o
ranking das empresas mais lucrativas do setor nas Américas.
Levantamento da consultoria Economática mostra que,
entre 11 empresas aéreas de capital aberto das Américas, a
TAM foi a que exibiu o maior
lucro nos primeiros nove meses do ano, US$ 674,1 milhões,
seguida pela Gol, com US$
267,1 milhões. Em terceiro lugar está a chilena Lan, com US$
122,3 milhões.
Os maiores prejuízos foram
das gigantes americanas Delta
(US$ 1,2 bilhão) e American
Airlines (US$ 1,1 bilhão).
A TAM divulgou ontem um
lucro de R$ 348 milhões no terceiro trimestre, revertendo o
prejuízo apurado no mesmo
período de 2008, de R$ 663,6
milhões. O lucro operacional,
de R$ 101,1 milhões, foi 43%
menor que no ano anterior (R$
176 milhões), mas representa
uma melhora significativa em
relação ao prejuízo operacional
do segundo trimestre, de R$
95,3 milhões.
Segundo o presidente da
TAM, Líbano Barroso, a guerra
tarifária vivida no terceiro trimestre foi a "pior da história".
O yield (preço médio pago por
passageiro por quilômetro) da
TAM caiu 27% no trimestre na
comparação com mesmo período de 2008. Ante o segundo
trimestre deste ano, o recuo foi
de 7%. Barroso afirmou, contudo, que os preços já se recuperam. "Houve alta de 10% a 20%
nas tarifas desde meados de outubro."
Para manter a demanda estimulada mesmo com o aumento
no preço das passagens, Barroso aposta em parcerias com
bancos e financeiras para poder
vender bilhetes em até 36 vezes. A primeira parceria, com o
Banco do Brasil, foi assinada
ontem. "Queremos conquistar
o passageiro de ônibus", afirmou Barroso, que assumiu a
presidência da TAM interinamente em meados de outubro,
com a saída de David Barioni.
É a primeira vez que a TAM
adota um discurso popular e
lança uma estratégia para conquistar a classe C. "Essa é a
classe que mais cresce no Brasil, não podemos ficar de fora",
disse Barroso. A empresa pretende oferecer preços competitivos com tarifas de ônibus em
trechos domésticos superiores
a mil quilômetros, como Brasília-Salvador, e em horários menos concorridos, como das 10h
às 16h ou das 20h às 6h.
Texto Anterior: Europa: PIB espanhol encolhe pelo sexto trimestre Próximo Texto: British acerta fusão com a Iberia Índice
|