São Paulo, sexta-feira, 13 de novembro de 2009

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TAM e Gol são as que mais lucram no setor nas Américas

De janeiro a setembro, TAM lucrou US$ 674 milhões, e a Gol, US$ 267 milhões

TAM anuncia estratégia para conquistar classe C com preços competitivos com as tarifas de ônibus em trechos acima de mil quilômetros


MARIANA BARBOSA
DA REPORTAGEM LOCAL

TAM e Gol reverteram prejuízos do ano passado e, pela primeira vez, estão liderando o ranking das empresas mais lucrativas do setor nas Américas.
Levantamento da consultoria Economática mostra que, entre 11 empresas aéreas de capital aberto das Américas, a TAM foi a que exibiu o maior lucro nos primeiros nove meses do ano, US$ 674,1 milhões, seguida pela Gol, com US$ 267,1 milhões. Em terceiro lugar está a chilena Lan, com US$ 122,3 milhões.
Os maiores prejuízos foram das gigantes americanas Delta (US$ 1,2 bilhão) e American Airlines (US$ 1,1 bilhão).
A TAM divulgou ontem um lucro de R$ 348 milhões no terceiro trimestre, revertendo o prejuízo apurado no mesmo período de 2008, de R$ 663,6 milhões. O lucro operacional, de R$ 101,1 milhões, foi 43% menor que no ano anterior (R$ 176 milhões), mas representa uma melhora significativa em relação ao prejuízo operacional do segundo trimestre, de R$ 95,3 milhões.
Segundo o presidente da TAM, Líbano Barroso, a guerra tarifária vivida no terceiro trimestre foi a "pior da história". O yield (preço médio pago por passageiro por quilômetro) da TAM caiu 27% no trimestre na comparação com mesmo período de 2008. Ante o segundo trimestre deste ano, o recuo foi de 7%. Barroso afirmou, contudo, que os preços já se recuperam. "Houve alta de 10% a 20% nas tarifas desde meados de outubro."
Para manter a demanda estimulada mesmo com o aumento no preço das passagens, Barroso aposta em parcerias com bancos e financeiras para poder vender bilhetes em até 36 vezes. A primeira parceria, com o Banco do Brasil, foi assinada ontem. "Queremos conquistar o passageiro de ônibus", afirmou Barroso, que assumiu a presidência da TAM interinamente em meados de outubro, com a saída de David Barioni.
É a primeira vez que a TAM adota um discurso popular e lança uma estratégia para conquistar a classe C. "Essa é a classe que mais cresce no Brasil, não podemos ficar de fora", disse Barroso. A empresa pretende oferecer preços competitivos com tarifas de ônibus em trechos domésticos superiores a mil quilômetros, como Brasília-Salvador, e em horários menos concorridos, como das 10h às 16h ou das 20h às 6h.


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