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outro lado
Marinha diz que norma é descumprida
DA REPORTAGEM LOCAL
O 8º Distrito Naval, responsável pela Capitania Fluvial da Tietê-Paraná, alegou
razões de segurança para a
suspensão mais uma vez das
tripulações da DNP Indústria e Navegação. "O interesse particular e econômico
não pode se sobrepor à segurança e ao bem coletivo", escreveu o vice-almirante, Terenilton Sousa Santos.
A Marinha alega que a empresa tem descumprido "reiteradamente" as normas de
tráfego na hidrovia, principalmente o desmembramento dos comboios para
passagem sob pontes que
cortam o canal de navegação.
Os comboios são formados
por quatro barcaças e mais o
empurrador. Em algumas
pontes, os comandantes são
obrigados, por determinação
da Capitania Fluvial, a ancorar a embarcação e fazer a
passagem de uma ou duas
barcaças por vez sob as pontes. Essa regras estavam sendo descumpridas.
A alegação da DNP é a de
que as pontes já receberam
proteção a choques e que a
decisão não incorre em riscos. Não é o que a Marinha
aponta. Em nota, o 8º Distrito Naval apresenta cinco graves acidentes, inclusive com
desmoronamento, provocados por embarcações. "As
normas de tráfego, condicionadas às características do
sistema hidroviário, visam à
segurança da navegação, à
salvaguarda da vida humana
nas águas e à preservação da
poluição hídrica proveniente
das embarcações", disse.
Na nota, o comando do 8º
DN lembra que a empresa
não tem obtido sucesso em
suspender pela via judicial as
suspensões e multas aplicadas pela instituição. A Marinha afirma que o cumprimento das normas de segurança tem evitado a ocorrência de acidentes na hidrovia
Tietê-Paraná. Procurado, o
Departamento Hidroviário,
responsável pela administração da hidrovia, não se pronunciou sobre a paralisação
da maior companhia de navegação da Tietê-Paraná.
(AB)
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