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PESQUISA
País está pela 1ª vez em lista de ONG defensora do uso da transgenia
Brasil é 4º produtor de transgênicos
ANDRÉ SOLIANI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Brasil aparece em quarto lugar na lista de países que mais
plantam transgênicos no mundo,
segundo o relatório divulgado ontem pelo ISAAA (sigla em inglês
para Serviço Internacional para a
Aquisição de Aplicações em
Agrobiotecnologia). O documento mostra que, no mundo, houve
crescimento de 15% na área semeada com transgênicos entre
2002 e 2003.
É a primeira vez que o Brasil
aparece no levantamento mundial do ISAAA, que todo ano estima o total de hectares no mundo
cultivados com sementes geneticamente modificadas a partir de
dados oficiais ou projeções de
consultorias. O ISAAA, com sede
nos Estados Unidos, é uma ONG
defensora do uso da transgenia.
De acordo com a ONG, os produtores brasileiros plantaram 3
milhões de hectares de soja transgênica, o que equivale a cerca de
15% do total da área cultivada
com soja no país (cerca de 20 milhões de hectares).
Segundo o presidente da organização, Clive James, a estimativa
para o Brasil é conservadora. "Na
época em que esse relatório foi
para impressão, no final de 2003,
apenas 50% da soja no Brasil havia sido plantada. Uma estimativa
conservadora e provisória de 3
milhões de hectares foi feita para
o Brasil, sabendo-se que o número poderá ser significativamente
maior", diz o documento.
James afirma que o Brasil só
apareceu pela primeira vez no levantamento neste ano, embora já
houvesse cultivo de transgênicos
no país, pois apenas em 2003 o governo aprovou oficialmente o
plantio desses grãos.
Embora apareça em quarto lugar no relatório, o Brasil está bem
distante dos dois maiores produtores de transgênicos do mundo:
EUA e Argentina. No ano passado, os americanos plantaram 42,8
milhões de hectares com transgênicos -63% da área mundial de
cultivo geneticamente modificado. A Argentina plantou 13,9 milhões de hectares (21%).
No total, 18 países usaram sementes geneticamente modificadas em 2003. Um ano antes, eram
16. O ISAAA afirma que a taxa de
crescimento do uso de transgênicos foi mais rápida nos países em
desenvolvimento (28%) do que
nos desenvolvidos (11%).
No total, 7 milhões de fazendeiros, no mundo, optaram por culturas geneticamente modificadas.
Pelos dados da ONG, a maior parte da produção de soja no mundo
já é transgênica.
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