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Fornecedor estuda pedir falência do grupo
ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A Parmalat do Brasil não enviou
explicações à Bovespa a respeito
do pedido de falência da companhia requerido por um de seus
fornecedores na segunda-feira,
conforme informou ontem a Folha. A Bolsa solicitou esclarecimentos e suspendeu os negócios
com as ações do grupo ontem.
A Parmalat deve R$ 901 mil à
Orlândia S.A., fabricante de gordura vegetal, que pediu a falência.
Escritórios de advocacia de São
Paulo foram consultados por cooperativas nesta semana para coordenarem novos requerimentos de
falência, apurou a Folha.
O problema é que, neste momento, uma decisão da empresa
no sentido de pagar o que deve à
Orlândia pode criar um "efeito
dominó" no mercado. Isso porque, ao quitar o débito, os credores acreditarão que apenas se entrarem com pedidos de falência
poderão ver a cor do dinheiro.
Além dessa pendência, a Parmalat deve para as cooperativas.
Ontem, a direção financeira da
Parmalat entrou em contato com
a Orlândia, que possui fábricas
em quatro Estados e sede em Orlândia (SP). A multinacional diz
que irá pagar, mas não apresentou uma proposta para isso.
A partir de agora, a situação é a
seguinte: a Parmalat precisa ser
citada (informada) a respeito do
requerimento de falência e, após
tomar conhecimento, tem 24 horas para pagar o que deve. A empresa ainda pode depositar o recurso devido sem que a credora
possa se apossar dele e tentar discutir uma saída com a credora.
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