São Paulo, quarta-feira, 14 de janeiro de 2004

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Fornecedor estuda pedir falência do grupo

ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

A Parmalat do Brasil não enviou explicações à Bovespa a respeito do pedido de falência da companhia requerido por um de seus fornecedores na segunda-feira, conforme informou ontem a Folha. A Bolsa solicitou esclarecimentos e suspendeu os negócios com as ações do grupo ontem.
A Parmalat deve R$ 901 mil à Orlândia S.A., fabricante de gordura vegetal, que pediu a falência.
Escritórios de advocacia de São Paulo foram consultados por cooperativas nesta semana para coordenarem novos requerimentos de falência, apurou a Folha.
O problema é que, neste momento, uma decisão da empresa no sentido de pagar o que deve à Orlândia pode criar um "efeito dominó" no mercado. Isso porque, ao quitar o débito, os credores acreditarão que apenas se entrarem com pedidos de falência poderão ver a cor do dinheiro.
Além dessa pendência, a Parmalat deve para as cooperativas.
Ontem, a direção financeira da Parmalat entrou em contato com a Orlândia, que possui fábricas em quatro Estados e sede em Orlândia (SP). A multinacional diz que irá pagar, mas não apresentou uma proposta para isso.
A partir de agora, a situação é a seguinte: a Parmalat precisa ser citada (informada) a respeito do requerimento de falência e, após tomar conhecimento, tem 24 horas para pagar o que deve. A empresa ainda pode depositar o recurso devido sem que a credora possa se apossar dele e tentar discutir uma saída com a credora.


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