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Modelos para inclusão digital no país também chegarão ao consumidor final
DA REDAÇÃO
Os três modelos que serão
avaliados pelo governo brasileiro para o projeto de computadores nas escolas prevêem a
venda comercial, e não apenas
para fins governamentais.
Nicholas Negroponte, presidente da organização sem fins
lucrativos OLPC, disse à Folha
-e em feira em Las Vegas na
última semana- que o "laptop
de US$ 100" poderá ser explorado comercialmente de forma
a financiar o seu envio a crianças de países pobres.
Em vez do preço próximo a
US$ 150 (cerca de R$ 320) estimado para o equipamento, seria cobrado o dobro, justamente para pagar uma unidade extra. "Mas não teremos versão
comercial até 2008", afirmou.
A princípio, os notebooks da
OLPC serão produzidos pela
taiwanesa Qanta, maior fabricante de PCs do mundo e empresa escolhida para o desenvolvimento do projeto.
A produção em massa deve
começar provavelmente em
agosto, e o número de laptops
entregues pode chegar a 10 milhões em um período de 12 meses, disse o pesquisador.
O laptop de baixo custo com
a plataforma desenvolvida pela
Intel, denominada "classmate
PC", deve chegar ao mercado
no primeiro trimestre. No Brasil, a empresa acertou com a
Positivo e a CCE como fabricantes do computador, cujo
público-alvo são escolas, mas
não só da rede pública.
Estima-se que, nos EUA, o
aparelho custe cerca de US$
400 (R$ 850). Ainda não há
previsão para o mercado interno, embora a tendência seja de
encarecimento devido a fatores
como custos locais e importação de componentes.
A outra empresa que pretende fornecer ao governo, a indiana Encore, desenvolveu três
modelos de PC de baixo custo.
Ela deve formalizar uma parceria neste início de ano com
uma das principais empresas
nacionais em transmissores
para TV e rádio, a Telavo, para
fabricar os modelos no país.
O que mais se encaixa nos
propósitos do governo é o Mobilis, lançado em 2004.
O modelo, que opera com a
plataforma Linux -bem como
o da OLPC e o da Intel-, foi
apresentado informalmente ao
alto escalão do governo Lula
durante o primeiro encontro
de cúpula do Ibas (Índia, Brasil
e África do Sul), em setembro
passado, em Brasília.
A escolha da empresa representaria um impulso à cooperação Sul-Sul, uma das prioridades na política externa do segundo mandato de Lula.
Com incentivos do governo
federal, o Mobilis custaria de
R$ 350 a R$ 400, diz o americano Peter Knight, ex-economista-chefe do Banco Mundial no
Brasil nos anos 80 e presidente
da Telemática e Desenvolvimento, empresa que representa a Encore no país.
(MSK)
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