São Paulo, quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@grupofolha.com.br

VOLTA A 2007
Reinhold Stephanes diz que a quebra de safra deste ano supera os 5%, e a produção de grãos volta ao patamar de 2007 -quando foram colhidos 131,8 milhões de toneladas. Em 2008, foram 144,1 milhões.

CONFIRMADOS
A crise financeira atingiu fortemente as exportações de carnes no final de 2008. Mesmo assim, as empresas puderam confirmar o que haviam previsto para o ano: receitas recordes.

FRANGO LIDERA
Dois segmentos divulgaram dados ontem e indicaram que o volume exportado ficou abaixo do estimado -devido à crise-, mas os preços garantiram boas receitas. A avicultura conseguiu US$ 6,9 bilhões em 2008; a suinocultura, US$ 1,5 bilhão.

O PROBLEMA
Para a suinocultura, o maior problema externo tem sido a Rússia, maior importador brasileiro. Os russos são os que mais sofrem os efeitos dessa crise e promoveram forte desaceleração nas compras.

OBJETIVOS COMUNS
Assim como a suinocultura, a avicultura também enviou menos produtos ao exterior no último trimestre de 2008. Como a crise continua, a tática desses segmentos é a mesma para 2009: buscar novos mercados.

OS ALVOS 1
Para os exportadores de carne suína, a China é um dos alvos, diz Pedro Camargo Neto, da Abipecs. A avicultura conseguiu a reabertura desse mercado em 2008.

OS ALVOS 2
A avicultura tem o México entre as prioridades, diz Francisco Turra, da Abef. Outros países da Ásia, da África e da América Central também estão na lista.

LIBERAÇÃO
Autoridades veterinárias russas devem liberar importações de carne de mais frigoríficos brasileiros, mas só após inspeções das unidades por veterinários russos.

AINDA EM QUEDA
As commodities reagiram ontem em Chicago, à exceção do milho, que acumula queda de 12% na semana. Produção de 160 milhões de toneladas na China e elevação de estoques naquele país, anunciadas pelo Usda, interferiram nos preços.

LUCRO DA CARGILL
A multinacional Cargill não deverá ficar imune aos efeitos da turbulência financeira mundial e vai se preparar para isso, informou ontem a empresa nos EUA, ao anunciar lucro de US$ 1,2 bilhão de setembro a novembro, 25% mais do que em igual período de 2007.

ACUMULADO
Nos dois primeiros trimestres do ano fiscal de 2009 (junho a novembro/2008), os ganhos somam US$ 2,68 bilhões.



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