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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Paulistanos preferem fazer compras à vista, diz pesquisa
Mesmo com oferta de crédito
disponível, o paulistano gosta é
de pagar à vista, segundo levantamento da ACSP (Associação
Comercial de São Paulo).
Mais de 70% dizem que não
se sentem confortáveis em dividir as compras em várias parcelas. A realidade, porém, é outra. "É a velha história do que se
deseja versus o que se consegue
fazer. Mesmo que prefiram à
vista, um grande número de
compras precisa ser feito a prazo", diz Sandra Turchi, superintendente da ACSP.
Produtos mais caros são geralmente adquiridos a prazo,
como móveis e eletrodomésticos. Já os mais baratos podem
ser pagos no ato da compra.
Quase 95% dos alimentos e
74% do vestuário são adquiridos à vista. "O crédito é visto
como uma necessidade, e não
como uma opção", segundo
Márcio Aranha, superintendente-geral da associação.
Quando desejam evitar os juros, os consumidores da baixa
renda juntam dinheiro para dar
uma entrada e dividir em menos parcelas, quando a prestação cabe no orçamento. Alguns
chegam a recorrer à poupança
para pagar à vista.
Ainda que os juros sejam indesejados, a maioria (53,1%)
desconhece as taxas praticadas.
Entre as classes D e E, a desinformação é maior -73,5% não
sabem quanto representa a taxa embutida nas parcelas.
Há receio de perda de controle sobre o orçamento, principalmente nas classes baixas.
"Como o acesso ao crédito foi
muito facilitado, muitos desses
consumidores já tiveram alguma experiência ruim. Já se endividaram, então, estão mais
precavidos", diz Turchi.
Segundo a pesquisa, 72,4%
dos entrevistados das classes D
e E receiam comprar a prazo
por medo de não conseguirem
pagar. O levantamento abordou 800 pessoas em novembro.
DE OLHO NA HOTELARIA
A BSH International, consultoria especializada em investimentos hoteleiros e turísticos, fechou contrato com o grupo hoteleiro jamaicano SuperClubs para gerenciar os ativos
do resort Breezes de Búzios, que será inaugurado neste ano.
"Após o fechamento desse contrato, de R$ 125 milhões, a
BSH passará dos atuais R$ 190 milhões em ativos hoteleiros gerenciados para R$ 315 milhões", afirma José Ernesto Marino Neto, presidente da empresa. A SuperClubs fará a gestão operacional do empreendimento. A meta da
BSH é alcançar R$ 400 milhões até o fim do ano.
"LATO SENSU" 1
A inclusão das centrais
sindicais no processo de licenciamento de obras de
impacto ambiental comprovado, ponto que foi incluído
no Programa Nacional de
Direitos Humanos e desagradou aos empresários, é só
uma questão "lato sensu",
segundo o ministro Carlos
Minc (Meio Ambiente).
"LATO SENSU" 2
"A Secretaria dos Direitos
Humanos contatou os ministérios para saber de cada
um quais eram as ações que
tinham a ver com direito das
pessoas, da saúde do trabalhador, direitos humanos
em geral, "lato sensu"." Minc
diz que o trabalhador vai
opinar, mas não terá poder
de veto, como teme a indústria. "Houve uma primeira
portaria, que foi republicada
com modificações."
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CANDIDO BRACHER
O presidente do Itaú BBA tem na cabeceira os livros "Libertação", de Sándor Márai (Cia. das Letras), e "Contos da Montanha", de Miguel Torga (Nova Fronteira)
NO PANAMÁ
Marcus Vinicius Pratini
de Moraes, presidente do
Ceal (Conselho Empresarial
da América Latina) no Brasil, irá falar em encontro
com empresários, na próxima semana, no Panamá, sobre a retomada do crescimento brasileiro após a crise
financeira internacional e
sobre os efeitos desse novo
cenário na parceria com os
países da América Latina.
QUILOMBOLAS
O escritório Siqueira Castro Advogados vai defender,
em caráter "pro bono", os interesses da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil) na causa dos quilombolas, pela regulamentação da identificação, demarcação e titulação das terras
ocupadas por remanescentes das comunidades dos
quilombos.
com JOANA CUNHA e ALESSANDRA KIANEK
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