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Evitar dívidas agora é quase uma obrigação
da Redação
Por enquanto, só consumidores
que fizeram contratos pela taxa
cambial estão tendo impacto no
bolso. Por exemplo, quem comprou carro com prestações reajustadas pelo dólar ou fez compras
com cartão no exterior e a fatura
ainda não venceu.
Antecipar o pagamento de prestações futuras de um carro pode
não ser uma boa alternativa porque, se o governo contornar mais
essa crise, o dólar não sobe mais e
pode até recuar a médio prazo.
Os demais consumidores não devem ser afetados porque as prestações em geral são prefixadas.
Essa observação não vale, é óbvio, para quem está pendurado em
cheque especial ou vai se endividar
agora. Os juros subiram nesse primeiro momento e só devem cair se
a fuga de dólares do país diminuir
bastante nas próximas semanas.
Nesse momento, o ideal é evitar
dívidas em reais e mesmo indexadas ao dólar, pois o quadro ainda é
de muita incerteza.
Corrida às compras também deve ser evitada porque, pelo menos
a curto prazo, não há risco de a inflação disparar. Esse risco existe a
prazo mais longo, se o governo
perder a parada do controle cambial.
Mutuários da casa própria devem ter impacto nas prestações e
saldo devedor via aumento da TR.
De qualquer forma, se o governo
controlar a situação, os juros tendem a baixar a médio prazo, até
mais do que se previa para 99. O
impacto de elevação da TR no curto prazo tenderia a se diluir.
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