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São Paulo, sexta-feira, 14 de fevereiro de 2003

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Safra deve reduzir índices a partir de fevereiro

DA SUCURSAL DO RIO

Analistas traçam a seguinte tendência para a inflação: queda a partir de fevereiro -com a entrada da safra, o que reduz o preço dos alimentos-, um novo repique em abril -mês que concentra alguns reajustes de energia- e uma forte alta em julho, quando sobe a maior parte dos preços administrados. É o caso da eletricidade em São Paulo e da telefonia fixa em âmbito nacional.
Nas previsões, não estão contempladas mudanças de preço dos combustíveis. Esse é o comportamento traçado por Luiz Afonso Lima, do BBV, e Marcela Prada, da Tendências Consultoria.
Paulo Levy, economista do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão do Ministério do Planejamento, acredita na redução futura dos índices. Projeta uma média de 1,2% ao mês até julho.

Sorte
"É possível convergir para a meta, mas o governo vai precisar contar com sorte. A elevação dos juros ainda não foi sentida. É isso o que vai trazer a inflação para baixo." Hoje, o juro básico está em 25,5% ao ano. Em dezembro, subiu três pontos -de 22% para 25%. Em janeiro, já no governo Lula, mais meio ponto.
Apesar do otimismo de Levy, o Ipea prevê um IPCA de 10,6% neste ano.

Alta generalizada
Para Lima, do BBV, a alta de preços em janeiro "foi generalizada". Prova disso, diz, é que o núcleo do IPCA calculado por ele, que exclui maiores e menores variações, cresceu de 1,36% para 1,43%. "Isso quer dizer que não é um só produto que fez a inflação subir."


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