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Empresa financiou Berlusconi e Prodi, diz ex-presidente na Itália
DA REDAÇÃO
O círculo de políticos que recebiam dinheiro da Parmalat incluía o atual primeiro-ministro,
Silvio Berlusconi, o presidente da
Comissão Européia, Romando
Prodi, e o líder da oposição e ex-primeiro-ministro Massimo D'Alema, publicou ontem o jornal italiano "La Repubblica".
As informações constam das
transcrições dos interrogatórios
das autoridades italianas com o
fundador e ex-presidente do grupo alimentício, Calisto Tanzi, às
quais o jornal teve acesso.
Segundo a publicação, o megaempresário não corrompia
com dinheiro, mas sim patrocinava e financiava eventos, adquiria
sociedades para ajudar terceiros e
convidava personalidades.
Entre os exemplos dados por
Tanzi sobre a teia de influência,
ele contou que a Parmalat decidiu
aumentar o volume gasto em publicidade nas TVs de propriedade
de Berlusconi a partir do momento em que o empresário decidiu
entrar na política, em 1994.
O "La Repubblica" afirma que
se tratava de lobby, de modo que
seria difícil determinar o nível de
implicação de cada político, e ressalta que ninguém tem sido interrogado por corrupção.
Tanzi citou ainda políticos e governantes de países da América
Latina (como o Brasil), mas não
foram divulgados nomes.
Também ontem, a revista "L'Espresso" trouxe trechos dos depoimentos com o ex-diretor financeiro Fausto Tonna. Ele deu detalhes sobre o sistema de corrupção,
que incluiria "fundos negros" para financiar partidos e políticos.
Segundo Tonna, cerca de 2 milhões eram retirados do fundo a
cada ano para esses fins.
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