São Paulo, domingo, 14 de março de 2004

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EXUBERÂNCIA RURAL

Setor contribui com 31% das riquezas do país em 2003; expansão impulsiona regiões e cria empregos

Sobe participação do agronegócio no PIB

DA REDAÇÃO

Num ano em que a produção industrial brasileira sofreu um duro golpe, a participação do agronegócio no PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro avançou.
Segundo dados da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) obtidos pela Folha, o peso do agronegócio no PIB subiu de 29% para 31% em 2003. Já o Ministério da Agricultura estima em 33% o percentual.
A crescente participação tem sido resultado das sucessivas safras recordes e da retração de outros setores. Sua presença, porém, é difícil de ser detectada porque o agronegócio inclui ramificações que vão além da agricultura e da pecuária, tradicionalmente classificados como um único setor.
No entanto o boom do agronegócio já se reflete em indicadores comerciais e macroeconômicos e na vida de quem mora próximo aos pólos de crescimento.
O Brasil já é o segundo mercado mundial de aeronaves pulverizadoras, depois dos Estados Unidos. O segmento deve movimentar R$ 250 milhões neste ano, segundo o Sindicato Nacional de Empresas de Aviação Agrícola.
Mato Grosso do Sul é outro exemplo. O Estado teve a maior expansão do país (8,1%) em 2001 -último dado disponível pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O peso da agropecuária no valor adicional (valor que a atividade acrescenta aos bens e serviços consumidos no seu processo produtivo) do Estado subiu de 28,4% para 32%.
O vizinho Mato Grosso, que teve crescimento de 6,5% da economia, é o maior produtor brasileiro de soja, com 27,8% da safra total (em 2002). Ao norte de Cuiabá, a cidade de Sorriso, município com a maior área plantada de soja do mundo, viu seu PIB triplicar em apenas cinco anos.
A prosperidade torna Sorriso um centro de atração (80% da população veio do Sul), como costuma ocorrer em locais onde o emprego cresce. O Estado foi o líder na criação de vagas com carteiras assinadas em 2003, com 5,64%.
No ano passado, foram criados 293.489 empregos formais no interior dos nove Estados com maior população, quase 100 mil a mais do que nas regiões metropolitanas das mesmas áreas.



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