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Juros à pessoa física têm a menor taxa desde 2001
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar da redução de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros promovida pelo Banco Central em janeiro, as taxas pagas pelos brasileiros praticamente ficaram estáveis em fevereiro. A taxa
média para pessoas físicas caiu
apenas 0,04 ponto percentual, ficando em 7,54% ao mês, a menor
desde março de 2001.
Pesquisa da Anefac (Associação
Nacional dos Executivos de Finanças) mostra queda em cinco
das seis linhas de crédito para pessoa física pesquisadas pela instituição. Com as quedas a taxa média mensal ficou em 7,54% ao
mês, ou 139,24% ao ano. No mês
de janeiro, as taxas eram de 7,58%
ao mês e 140,31% ao ano.
A redução dos juros cobrados
das empresas também foi pequena. A taxa média de juros, neste
caso, caiu de 4,43% para 4,42% ao
mês, mostra o levantamento, que
inclui as taxas cobradas pelos 30
maiores bancos brasileiros.
Segundo à Anefac, os motivos
que levaram à pequena queda são
praticamente os mesmos que evitaram que as taxas finais de empréstimos e financiamentos caíssem em janeiro. Há uma forte demanda por crédito no início do
ano e algum aumento na inadimplência. Com maior procura por
empréstimos, é natural que o preço cobrado pelo dinheiro, ou seja,
a taxa de juros, demore a baixar.
De acordo com a Anefac, o aumento ocorre por conta de despesas extras de início de ano, como
impostos e compras de material
escolar. Quando aumenta a inadimplência, os bancos sobem os
juros, ou não os reduzem, para
compensar as perdas.
Na prática, aumentou o
"spread" bancário, ou seja, a diferença entre o custo de captação
dos bancos e o dos empréstimos
por eles concedidos.
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