São Paulo, terça-feira, 14 de março de 2006

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Juros à pessoa física têm a menor taxa desde 2001

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar da redução de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros promovida pelo Banco Central em janeiro, as taxas pagas pelos brasileiros praticamente ficaram estáveis em fevereiro. A taxa média para pessoas físicas caiu apenas 0,04 ponto percentual, ficando em 7,54% ao mês, a menor desde março de 2001.
Pesquisa da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças) mostra queda em cinco das seis linhas de crédito para pessoa física pesquisadas pela instituição. Com as quedas a taxa média mensal ficou em 7,54% ao mês, ou 139,24% ao ano. No mês de janeiro, as taxas eram de 7,58% ao mês e 140,31% ao ano.
A redução dos juros cobrados das empresas também foi pequena. A taxa média de juros, neste caso, caiu de 4,43% para 4,42% ao mês, mostra o levantamento, que inclui as taxas cobradas pelos 30 maiores bancos brasileiros.
Segundo à Anefac, os motivos que levaram à pequena queda são praticamente os mesmos que evitaram que as taxas finais de empréstimos e financiamentos caíssem em janeiro. Há uma forte demanda por crédito no início do ano e algum aumento na inadimplência. Com maior procura por empréstimos, é natural que o preço cobrado pelo dinheiro, ou seja, a taxa de juros, demore a baixar.
De acordo com a Anefac, o aumento ocorre por conta de despesas extras de início de ano, como impostos e compras de material escolar. Quando aumenta a inadimplência, os bancos sobem os juros, ou não os reduzem, para compensar as perdas.
Na prática, aumentou o "spread" bancário, ou seja, a diferença entre o custo de captação dos bancos e o dos empréstimos por eles concedidos.


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