São Paulo, quarta-feira, 14 de março de 2007

Texto Anterior | Índice

TELECOMUNICAÇÕES

TVA critica associação de TV paga por "defender" Globo

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

A diretora-geral da TVA, Leila Loria, criticou ontem a intenção da ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura) de recorrer ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) ou à Justiça contra a decisão da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) de conceder uma licença à Telefônica para o serviço de TV paga via satélite.
A Telefônica adquiriu uma participação acionária na TVA, que antes era controlada exclusivamente pelo grupo Abril, e aguarda apenas a aprovação do negócio pela agência reguladora.
Para a executiva, a postura da ABTA apenas reforça a concentração do setor e não abre espaço para a concorrência: "A reação da ABTA é, na verdade, a reação de um determinado grupo que não quer ameaçar o seu monopólio no mercado de TV por assinatura [pelas teles]."
Indagada sobre a que grupo "monopolista" se referia, a executiva citou a Globo, que tem participação na Sky (satélite) e na Net (cabo) e controla a Globosat (programadora de canais).
Loria afirmou ainda que "a ABTA não representa mais os interesses de todas as operadoras [de TV paga]" e que a posição de recorrer contra a licença da Telefônica foi tomada "à revelia de todos os outros associados".
A ABTA informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o conselho da entidade aprovou a oposição à entrada das teles no setor de TV por assinatura em suas áreas de concessão.
A executiva refuta o argumento da ABTA de que a entrada da Telefônica na TV por satélite reforçaria o monopólio da companhia na telefonia fixa. Para ela, haveria maior competição, especialmente na produção de conteúdo, dominado pela Globo.


Texto Anterior: Brasil Telecom entra no mercado de TV por assinatura com a Sky
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.