São Paulo, sábado, 14 de março de 2009

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OS TEMAS DO G20

FMI
Será duplamente reforçado: como vigilante das finanças globais e como emprestador de último recurso. Os EUA propuseram triplicar (para US$ 750 bilhões) os recursos disponíveis hoje. A proposta que até então tinha maior consenso era a de duplicar. Será criado um sistema de alerta prévio (early warning, no jargão), que cobrirá também os países ricos, eliminando a assimetria hoje existente, em que apenas os países pobres e emergentes eram cobrados.
O poder dos emergentes será reforçado mas apenas a partir de janeiro de 2011. De todo modo, é uma antecipação da reforma que só deveria ser feita em 2013.

BANCO MUNDIAL
Também haverá reforço nos seus recursos e maior voz e voto para os emergentes. Mas, neste caso, espera-se que a mudança seja aprovada já na assembléia-geral regular de abril

MAIS PACOTES
A Europa oficializou ontem sua restrição à conclamação de Barack Obama por mais recursos para estimular a economia. "O problema não é gastar mais e, sim, estabelecer um sistema de regulação que evite que volte a se produzir a catástrofe econômica e financeira que o mundo vive", disse o presidente francês, Nicolas Sarkozy, em entrevista ao lado de Angela Merkel, chanceler alemã.
Mas o documento final não será um tudo ou nada em relação ao tema. Não deixará de mencionar a prudência fiscal, a outra razão para que os europeus resistam a novos pacotes

ATIVOS TÓXICOS
A dúvida é se o tema constará da declaração dos ministros ou apenas da cúpula de abril. Será tratado a partir de hoje. Em princípio, a ideia é estabelecer padrões globais para retirar do sistema os ativos tóxicos que o entopem, mas deixar para cada país a implementação, de acordo com suas regulações.
Vale o mesmo princípio para a regulação citada por Sarkozy ontem: não haverá um superregulador global, mas regras globais aplicados por supervisores/reguladores nacionais

ATENÇÃO AOS POBRES
Será dedicado um capítulo aos países mais pobres (não representados no G20), com promessa de ajuda para evitar que haja retrocessos nos avanços sociais e econômicos registrados nos anos recentes de bonança


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