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Comitê do BIS terá Brasil como novo integrante
Comissão visa fortalecer padrões de supervisão do sistema financeiro
Convite, que inclui outros
emergentes, é reivindicação do G20; participação em
comitê era restrita a 13
países desenvolvidos
MARIA CRISTINA FRIAS
DA REPORTAGEM LOCAL
O Brasil tornou-se membro
do Comitê de Basileia sobre Supervisão Bancária, do BIS
(Banco de Compensações Internacionais, espécie de banco
central dos bancos centrais).
Além do Brasil, o comitê passou a incluir também representantes da Austrália, da China,
da Índia, da Coreia, do México e
da Rússia.
O Comitê de Basileia do BIS,
que tem sede na cidade suíça de
mesmo nome, tem como objetivo central fortalecer padrões
e práticas de gerenciamento de
riscos e supervisão do sistema
financeiro no mundo todo.
O Brasil deverá ser representado pelo presidente do BC,
Henrique Meirelles, e por um
diretor ou da área de Normas,
ou da de Fiscalização, ou da de
Política Econômica.
O BIS vem tentando implementar uma maior integração e
troca de informações bancárias
entre os países e a adoção de
padrões comuns, como o aumento de capital mínimo de
instituições financeiras.
Uma dificuldade para aprimorar a regulação global, agora
reduzida com a inclusão de novos membros no comitê, era a
participação restrita a 13 países
desenvolvidos, como os EUA, o
Reino Unido, a Alemanha, o Japão, a França e a Suécia.
O convite à participação do
Brasil e de outros emergentes
atende à proposta de líderes do
G20 de que órgãos formuladores de padrões de regulação financeira revissem seus critérios de inclusão de membros.
O Brasil, com outros países
do G20, além da Argentina,
também foi chamado para integrar o Fórum de Estabilidade
Financeira.
"O convite ao Brasil é reflexo
da qualidade da regulação e da
supervisão do sistema financeiro implementados pelo país",
disse em nota o BC.
"A participação do Brasil reflete a qualidade da supervisão
do país, de um sistema financeiro que tem uma correta fiscalização, bancos bem capitalizados, agora com provisões reforçadas, a pedido do BC, e que
têm seguido o cronograma de
implantação das normas mais
recentes de Basileia", diz Luis
Miguel Santacreu, analista da
Austin Ratings.
"A inclusão dos novos membros mostra a necessidade de
integração com outros países
na solução de saídas conjuntas,
uma vez que os grandes bancos
atuam em várias regiões, como
bancos alemães, no problemático Leste Europeu, ou instituições europeias e americanas na
Ásia e na América Latina", afirma o analista.
"Isso exige troca de informações entre BCs para obter uma
devida visão sobre as necessidades, os riscos e os pontos fortes desses bancos em cada país
e, com isso, serem tomadas medidas conjuntas."
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