São Paulo, domingo, 14 de março de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

4 - Energia mais inteligente

Novas tecnologias racionalizam a geração e o uso da eletricidade

DO "FINANCIAL TIMES"

Já estamos vendo algumas das maneiras pelas quais as fontes de energia mudarão nos próximos dez anos. Leitores inteligentes de eletricidade nos EUA, por exemplo, oferecem aos consumidores e às empresas de energia informações detalhadas sobre o seu uso e não só contam com o apoio do presidente Barack Obama como devem substituir os medidores "burros" convencionais.
Isso significa que uma pessoa em breve poderá saber quanta energia está sendo usada em sua casa e quanto dinheiro está sendo gasto, por meio de uma divisão aparelho a aparelho -o que permitirá que a iluminação e o aquecimento sejam ajustados para reduzir custos.
Eletrodomésticos inteligentes, enquanto isso, vão se comunicar com a rede elétrica. Assim, uma secadora de roupas pode se desligar nos horários de pico (e tarifa mais elevada) e ligar de novo quando o preço da eletricidade for mais baixo. As empresas de energia mesmo poderiam interferir ao reduzir um pouco o ar-condicionado no auge da demanda.
Também estamos vendo as vantagens dos diodos emissores de luz (LEDs) como substitutos das velhas lâmpadas incandescentes (e novas fluorescentes, que economizam mais energia). Enquanto as lâmpadas incandescentes geram calor para produzir luz, os LEDs a criam com movimentos de elétrons em chips de silício. A luz é mais natural, pode mudar de cor, pode ser mais precisa e pode ser atenuada ou intensificada sem dificuldade.
A próxima década verá as cidades substituírem sua iluminação pública por LEDs, que duram anos a mais e podem reduzir sua intensidade de forma inteligente quando não houver tráfego, minimizando o uso de energia e a poluição luminosa.
Já que 20% da demanda mundial de eletricidade se relaciona à iluminação, a capacidade dos LEDs para reduzir em 75% o uso de energia pode ter efeito dramático sobre as emissões de dióxido de carbono.
As fontes de energia também podem mudar, especialmente no que tange a aparelhos de pequeno porte. Energia gratuita pode ser capturada de fontes como o calor do corpo ou ondas de rádio de torres de telefonia móvel e Wi-Fi. Girar o controlador para ler um e-mail em um BlackBerry gerará energia suficiente para aumentar a duração da bateria.

CHRIS NUTTALL, correspondente de tecnologia



Texto Anterior: 3 - A geração X chega ao topo: Após crise, geração X ganha espaço
Próximo Texto: 5 - A informação tem valor: Dogma do conteúdo gratuito perde força
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.