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8 - Livrai-nos das contas
Internet agora muda a forma de lojas físicas
DO "FINANCIAL TIMES"
Da mesma forma que a chegada das prateleiras que permitiam self-service mudou a disposição física das lojas nos cem
últimos anos, as compras on-line o farão no novo século. Já vimos o comércio via internet se
tornar concorrente sério das
lojas físicas. Agora ele fará com
que mudem de forma.
No Walmart, por exemplo,
mais de 40% dos pedidos pelo
site da cadeia de varejo nos
EUA são enviados a uma loja local da rede para retirada, porque os clientes preferem evitar
os custos e a incerteza de horários das entregas domiciliares.
A empresa, como resposta,
está testando opções "drive-through" de retirada e alterando suas unidades de forma a
instalar balcões de retirada. No
Reino Unido, a rede de supermercados Tesco adotou arranjo semelhante (mas por enquanto sem "drive-through").
Em uma loja piloto perto de
Chicago, chamada MyGofer, a
Sears Holdings foi além, e 80%
do espaço serve como armazém
de estoque, com um quinto da
área reservada a clientes que
retiram compras ou usam terminais de computador para pedir o que desejam da loja.
Eis outra variante: o Kmart
também está tentando persuadir outras redes de varejo a usar
suas lojas como ponto central
para retirada de pedidos feitos
on-line. Alguns analistas do setor de varejo especulam que até
mesmo a Amazon, que só opera
on-line, poderia um dia estabelecer pontos de retirada.
A web também mudará os
produtos presentes nas prateleiras. Um cliente que vá a uma
loja com seu celular inteligente
pode obter preços comparativos de lojas rivais -a menos
que o produto em questão só
esteja à venda naquela loja específica.
Assim, haverá mais pressão
da parte do varejo por acordos
seletivos com marcas líderes
-ou pelo desenvolvimento de
mais produtos com marca própria, em todas as categorias.
JONATHAN BIRCHAIL, correspondente de varejo nos Estados Unidos
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