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MERCADO ABERTO
Juiz em NY adia decisão sobre BrT
O
juiz Lewis Kaplan, da Corte
de Nova York, adiou ontem
por uma semana a decisão
sobre se irá conceder ou não
a liminar pedida pelo Citigroup
para impedir o Opportunity de
utilizar o chamado acordo "guarda-chuva", que pode permitir
que o banco de Daniel Dantas
reassuma a gestão da Brasil Telecom. Nesse período, o Opportunity concordou em não tentar
reassumir o controle da "tele".
Na terça-feira, a Justiça do Rio
revogou decisão da juíza Márcia
Cunha, de 2005, que suspendia
os efeitos do acordo "guarda-chuva". O documento garantiria
ao Opportunity a gestão dos três
fundos de investimento que estão no comando da BrT.
Antes da decisão da Justiça do
Rio, a juíza se afastara do caso em
março por se considerar impedida para julgar esse acordo. Em
seguida, o Citigroup, que, atualmente, divide a gestão da BrT
com os fundos, entrou com o pedido de liminar em Nova York
para impedir o uso do "guarda-chuva" pelo Opportunity.
No pedido de adiamento feito
pelo Citigroup ao juiz Kaplan, o
banco americano utiliza argumentos técnicos para contestar a
decisão da Justiça do Rio.
O argumento do juiz para adiar
até o dia 20 a definição sobre a liminar foi o fato de a decisão da
Justiça do Rio não ter sido ainda
publicada oficialmente, o que vai
acontecer na segunda. Ele irá tomar uma decisão só quando tiver
maior conhecimento sobre o caso. Segundo técnicos envolvidos
na questão, o juiz americano é
bastante detalhista e quer se cercar de todos os argumentos para
não cometer nenhum equívoco.
Dantas irá esperar a definição
de Kaplan para decidir sobre o
futuro da Brasil Telecom. Caso a
liminar não seja concedida ao Citi, a decisão poderá significar o
retorno de Dantas ao comando
da "tele", do qual foi destituído
em setembro de 2005. Ele, porém, não acredita na hipótese de
voltar à BrT, embora não descarte totalmente a possibilidade.
MISSÃO
A Fiesp irá mandar um time de
economistas pesos pesados para
a Nova Zelândia, com o objetivo
de realizar um amplo estudo sobre as mudanças implementadas
na economia do país nos últimos
dois anos, o que incluiu uma "revolução" fiscal. Nesse período, o
país reduziu sua carga tributária
de 36% para 20% do PIB, entre
outras melhorias. A entidade
pretende apresentar uma proposta de reforma fiscal para os
candidatos à presidência da República. A turma de Alckmin já
demonstrou interesse pela análise. O time de economistas ainda
não foi escalado, mas devem integrar a lista nomes como os de
Fernando Rezende e Fábio
Giambiagi, ambos do Ipea.
NA ONDA DA TV
Quando o assunto é Copa
do Mundo, o narrador Galvão Bueno está à frente do tetracampeão Zagallo, do herói
do título de 1994, Romário, e
da revelação Robinho. Foi o
que apontou pesquisa recém-concluída pelo Instituto QualiBest, conduzida pela internet, com 3.000 pessoas de todo o país (ver gráfico à esq.).
Outra "intrusa" foi a cantora
Ivete Sangalo, cuja música
"Festa" foi um dos hinos da
campanha brasileira na Copa
de 2002. Ela ficou em oitavo
lugar na lista de nomes mais
associados à competição, à
frente do técnico da seleção,
Carlos Alberto Parreira.
BLOG DO CEO
Em tempos de febre da internet, o ambiente corporativo no
Brasil começa a aderir às ferramentas da web. O presidente-executivo do HSBC no país, Emilson Alonso, criou na semana
passada um blog para incentivar a comunicação entre os funcionários do banco. "Eu tenho página no Orkut há três meses,
e existem várias comunidades sobre o banco. Mas, como é um
ambiente público, eu não posso, por exemplo, responder a
questionamentos que surgem, até por uma questão de política
da empresa. O que é diferente com o blog, que é interno", diz
Alonso. A cada semana ele escreverá um artigo sobre um tema, a partir do qual se espera que os trabalhadores deixem
suas opiniões. Na primeira semana, o tema foi empregabilidade, e houve 13 mil acessos apenas nos centros administrativos,
sem contar as agências bancárias, que também têm acesso ao
blog, além de 398 comentários. Sobre a possibilidade de funcionários se sentirem intimidados ou não aderirem à novidade, Alonso diz esperar que o tempo dê confiança a eles.
GRUPO DE TRABALHO
Os fabricantes do segmento de
jóias começam a se organizar.
Reunidos na Abimaq (associação da indústria de máquinas),
sob a coordenação de Antonio
David Monteiro, os empresários
do ramo montaram um grupo
de trabalho em São José do Rio
Preto e em Limeira, no interior
de SP. As cidades concentram
um pólo de produção de jóias de
ouro e outro de folheados, respectivamente. Entre as políticas
estará o apoio a feiras setoriais.
PROTESTOS
O número de títulos protestados em SP cresceu 26,6 % em
março, segundo o Instituto de
Estudos de Protesto de Títulos.
INTERNACIONALIZAÇÃO
Depois de chegar aos mercados americano, sul-coreano e espanhol, a Native dá continuidade ao seu projeto de internacionalização da marca. A empresa,
uma das maiores produtoras de
açúcar orgânico do mundo, está
em negociação avançada para
começar os embarques de produtos ao mercado japonês.
RUMO AO SUL
O Mundo Verde, maior rede
de produtos naturais da América
Latina, inaugura duas lojas na região Sul neste mês, em Pelotas e
Blumenau. A previsão é abrir
mais cinco lojas no Sul em 2006 e
atingir 30 pontos-de-venda na
região em até cinco anos.
SINAL POSITIVO
O mercado recebeu bem a
notícia divulgada ontem de
que Antonio Maciel Neto irá
assumir a presidência da Suzano Papel e Celulose. Enquanto a Bovespa caiu 0,90%,
os papéis da empresa subiram 3,0% ontem. O ex-presidente da Ford na América do
Sul irá comandar, à frente da
Suzano, um investimento de
US$ 1,3 bilhão da empresa na
ampliação da fábrica de Mucuri, na Bahia, superior ao recém-anunciado pela montadora, de US$ 1,2 bilhão.
INVASÕES NA PAUTA
As crescentes invasões do MST
e de movimentos congêneres a
áreas plantadas serão um dos
principais temas em debate na
edição 2006 do evento "Madeira", um dos mais tradicionais do
setor de celulose, ferro gusa e
placas e painéis. Os presidentes
das empresas do setor que investem em florestas plantadas estarão reunidos na terça e na quarta-feira, em Brasília, para o evento. Na abertura irá discursar Carlos Aguiar, presidente da Abraf
(Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas) e da
Aracruz Celulose, que, em março, teve o horto de pesquisa da
empresa em Barra do Ribeiro
(RS) destruído por militantes do
movimento Via Campesina.
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