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Bolsa sobe 2,7% em semana de recordes
Bovespa encerrou ontem aos 47.926 pontos; já o risco-país recuou de novo, para 154 pontos, o menor nível da história
Dado positivo da inflação ao produtor nos EUA ontem anima investidores; dólar cai para R$ 2,022, menor patamar em seis anos
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O resultado da inflação ao
produtor dos Estados Unidos
deu novo ânimo aos mercados.
A Bovespa bateu mais um recorde histórico de pontuação
ontem, ao subir 1,22% e terminar a 47.926 pontos. O dólar teve queda relevante, de 0,69%,
indo a R$ 2,022, a menor cotação desde 5 de março de 2001.
O que empurrou os mercados foi o núcleo do PPI (índice
de preços ao produtor americano), que ficou estável em março. Os analistas esperavam que
o núcleo do índice, que desconta as oscilações de energia e alimentos, registrasse ao menos
uma alta de 0,2%.
O recuo no déficit da balança
comercial americana de janeiro
para fevereiro também foi bem
recebido no mercado.
O risco-país brasileiro teve
queda de 1,91%, a 154 pontos
-menor nível já registrado pelo indicador.
Em Wall Street, o índice Dow
Jones teve valorização de
0,47%. A Bolsa eletrônica Nasdaq teve ganho igual (0,47%).
O mercado acionário europeu também comemorou os
dados norte-americanos com
alta: 0,97% na Bolsa de Frankfurt e 0,72% em Londres.
Agora os investidores aguardam a divulgação do CPI (índice de preços ao consumidor
americano), que sairá na terça.
Mais um resultado positivo
de um indicador de inflação pode trazer de volta as expectativas em torno da possibilidade
de os juros serem reduzidos
nos EUA ainda neste primeiro
semestre.
A ata da última reunião do
Fed (o banco central dos EUA),
divulgada nesta semana, havia
trazido pessimismo ao mercado, pois demonstrou que os dirigentes da autoridade monetária ainda estão muito preocupados com o futuro da inflação.
Se os índices ficarem muito
acima do desejado, o Fed pode
decidir elevar os juros no país.
O índice Ibovespa, o principal do mercado acionário brasileiro, conquistou valorização
de 2,74% na semana.
As empresas de telecomunicações foram o destaque dos últimos pregões, amparadas em
rumores sobre fusões e anúncios de recompra de papéis. Das
dez maiores altas da semana,
oito ficaram com teles. No topo
apareceu a ação PN da Telemar, com alta de 20,30%.
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