São Paulo, sábado, 14 de abril de 2007

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Bolsa sobe 2,7% em semana de recordes

Bovespa encerrou ontem aos 47.926 pontos; já o risco-país recuou de novo, para 154 pontos, o menor nível da história

Dado positivo da inflação ao produtor nos EUA ontem anima investidores; dólar cai para R$ 2,022, menor patamar em seis anos


FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O resultado da inflação ao produtor dos Estados Unidos deu novo ânimo aos mercados. A Bovespa bateu mais um recorde histórico de pontuação ontem, ao subir 1,22% e terminar a 47.926 pontos. O dólar teve queda relevante, de 0,69%, indo a R$ 2,022, a menor cotação desde 5 de março de 2001.
O que empurrou os mercados foi o núcleo do PPI (índice de preços ao produtor americano), que ficou estável em março. Os analistas esperavam que o núcleo do índice, que desconta as oscilações de energia e alimentos, registrasse ao menos uma alta de 0,2%.
O recuo no déficit da balança comercial americana de janeiro para fevereiro também foi bem recebido no mercado.
O risco-país brasileiro teve queda de 1,91%, a 154 pontos -menor nível já registrado pelo indicador.
Em Wall Street, o índice Dow Jones teve valorização de 0,47%. A Bolsa eletrônica Nasdaq teve ganho igual (0,47%).
O mercado acionário europeu também comemorou os dados norte-americanos com alta: 0,97% na Bolsa de Frankfurt e 0,72% em Londres.
Agora os investidores aguardam a divulgação do CPI (índice de preços ao consumidor americano), que sairá na terça.
Mais um resultado positivo de um indicador de inflação pode trazer de volta as expectativas em torno da possibilidade de os juros serem reduzidos nos EUA ainda neste primeiro semestre.
A ata da última reunião do Fed (o banco central dos EUA), divulgada nesta semana, havia trazido pessimismo ao mercado, pois demonstrou que os dirigentes da autoridade monetária ainda estão muito preocupados com o futuro da inflação.
Se os índices ficarem muito acima do desejado, o Fed pode decidir elevar os juros no país.
O índice Ibovespa, o principal do mercado acionário brasileiro, conquistou valorização de 2,74% na semana.
As empresas de telecomunicações foram o destaque dos últimos pregões, amparadas em rumores sobre fusões e anúncios de recompra de papéis. Das dez maiores altas da semana, oito ficaram com teles. No topo apareceu a ação PN da Telemar, com alta de 20,30%.


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