São Paulo, sábado, 14 de abril de 2007

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ABN diz que tem oferta conjunta de três bancos

Espanhol Santander pode ficar com as operações da instituição no Brasil

Negócio pode ultrapassar US$ 90 bilhões, o maior da história do setor; prioridade para o britânico Barclays termina na semana que vem


DA REDAÇÃO

O ABN Amro disse em nota ontem que recebeu uma carta do Royal Bank of Scotland, do banco Santander e do Fortis em que essas três instituições pedem "conversas exploratórias" para adquirir o banco holandês. O valor dessa transação poderia chegar a US$ 90 bilhões, segundo o "Wall Street Journal", a maior aquisição já realizada no setor financeiro.
Pelo acordo, os três bancos comprariam juntos o ABN Amro e cada um ficaria com uma parte da instituição. Segundo as especulações, o espanhol Santander ficaria com as operações no Brasil e na Itália. Já o Royal Bank of Scotland, o segundo maior do Reino Unido, deve ficar com as operações no seu país e com o LaSalle, a unidade nos EUA do banco. O belga-holandês Fortis deve ficar com as operações na Holanda.
De acordo com um porta-voz do ABN, o conselho administrativo do banco está "ciente de suas responsabilidades e agirá de acordo, levando em consideração não apenas o preço oferecido pelas partes interessadas, mas a visão e a estratégia do novo grupo resultante para maximizar a geração de valor".
O ABN Amro negocia desde o dia 19 de março a sua venda para o britânico Barclays. No entanto, a exclusividade das conversas se encerra na próxima semana. Estima-se que a proposta do terceiro maior banco do Reino Unido chegue a US$ 80 bilhões.
Com a aquisição da instituição holandesa, que possui agências em 53 países, o britânico Barclays se tornaria um dos cinco maiores bancos do mundo -atualmente ele está na 15ª posição.
O ABN Amro, que conta com cerca de 13,1 milhões de clientes no Brasil, teve lucro de R$ 2 bilhões no país, valor 43% superior ao resultado de 2005, quando a instituição registrou um lucro de R$ 1,4 bilhão.
O ABN Real ficou em terceiro lugar no ranking dos maiores bancos privados do país no ano passado, segundo lista elaborada pelo Banco Central, superado apenas por Bradesco e Itaú.


Com agências internacionais

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