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Varig prioriza retomada de vôos à Europa
Companhia aérea precisa voltar a operar uma série de vôos internacionais até o mês de junho, sob pena de perdê-los
Avaliação é que é melhor garantir primeiro vôos para aeroportos muito demandados, como Frankfurt e Londres
MAELI PRADO
DA REPORTAGEM LOCAL
JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO
A estratégia da Varig para
atuar no mercado internacional priorizará as rotas para a
Europa, segundo a Folha apurou. A execução da estratégia
desenhada pelos executivos da
companhia depende ainda do
fechamento de negociações para retomada de aviões.
A companhia já devolveu um
MD-11 e conseguiu renovar o
contrato de outro, que estava
prestes a ser entregue, até junho. Apesar desta redução da
frota, a Varig não deverá abandonar as rotas internacionais
que opera atualmente: Frankfurt (Alemanha), Buenos Aires
(Argentina), Caracas (Venezuela) e Bogotá (Colômbia).
A companhia aérea está agora diante de uma corrida contra o tempo para fechar contratos de arrendamento de aviões
de longo curso, já que precisa
retomar uma série de vôos internacionais até junho próximo, sob pena de perder as autorizações para realizá-los.
A Gol, que comprou a Varig,
já manifestou a intenção de pedir a prorrogação desse prazo
para a Anac (Agência Nacional
de Aviação Civil), órgão regulador do setor aéreo. Mas a TAM
afirmou oficialmente à agência
que tem interesse em operar
parte desses vôos e que é contra o prazo ser adiado.
A prioridade dada à Europa
reflete a presença de aeroportos com espaços e horários para pousos e decolagens muitos
disputados pelas companhias
aéreas, como o de Londres e o
de Frankfurt. A avaliação da
empresa aérea é de que é mais
fácil retomar vôos para os EUA
porque as autorizações para
freqüências não estariam sendo usadas integralmente.
Negociações
A entrada da Gol facilitou a
retomada de conversas e negociações com companhias e entidades que haviam interrompido o relacionamento comercial com a Varig no auge da crise da companhia aérea.
Dessa forma, a Varig já iniciou o começo de aproximação
com companhias aéreas como
Lufthansa e TAP, de acordo
com o que a Folha apurou.
A definição sobre voltar a ingressar na Star Alliance, acordo
operacional entre companhias
do mundo todo, ou outra aliança vai depender do estreitamento da relação comercial
com antigas parceiras da Varig.
A Varig pretende ainda voltar a participar da câmara de
compensação da Iata (International Air Transportation Association). Esta câmara permite que outras companhias ofereçam transporte a passageiros
da Varig em casos de problemas e vice-versa.
Para ser vendida em leilão no
ano passado, a Varig foi dividida em duas empresas: a velha,
que ficou com o passivo e que
hoje não está em operação; e a
nova, sem dívidas, que foi vendida para a VarigLog.
É a Varig antiga que fazia
parte da Star Alliance e da Iata,
mas como a VarigLog não pagou as dívidas da "velha" Varig
a companhia saiu da aliança
operacional e da câmara de
compensação, ou "clearing
house", da associação.
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