DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O mercado financeiro aumentou a média de suas projeções de inflação deste ano para 5,5% -exatamente o limite superior da meta de inflação estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para 2002, de 3,5% com margem de tolerância de dois pontos percentuais para cima e para baixo.
De acordo com pesquisa diária divulgada pelo Banco Central no boletim Focus da última sexta-feira, a média das expectativas do mercado para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) subiu de 5,46%, na pesquisa anterior, para 5,50%.
Para o ano que vem, as projeções permaneceram inalteradas em 4%. O IPCA é o índice que serve de referência para o Banco Central conduzir a política monetária no âmbito do sistema de metas de inflação. Em 2003, a meta de inflação é de 3,25% com variação de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
Para o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe e o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), as projeções, no entanto, foram reduzidas de 4,72% para 4,66% e de 6,32% para 6,29%, respectivamente.
A média das expectativas para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) permaneceu estável em 2,40% para 2002 e em 3,50% em 2003. No governo, a previsão é que o crescimento do PIB fique entre 2% e 2,5% neste ano.
Para o dólar, as projeções contidas no Focus também ficaram inalteradas para 2002, em US$ 2,50, mas aumentaram de US$ 2,60 para US$ 2,65 para 2003.
O mercado avalia que a taxa de juros básica da economia (Selic), hoje em 18,5%, será reduzida neste ano em menor velocidade do que o anteriormente esperado. Na última pesquisa, o mercado projetava Selic de 16,60% ao ano no final de 2002. Agora, espera 17%.



Texto Anterior: Baixa do real favorece resultado dos bancos
Próximo Texto: Fim da multa por gasto a mais de energia deixa taxa "limpa", diz Fipe
Índice