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Clinton defende redução de tarifa sobre etanol brasileiro
SÉRGIO DÁVILA
DE WASHINGTON
Bill Clinton elogiou ontem o
programa Bolsa-Família, do
governo federal, e defendeu a
redução da tarifa que os EUA
cobram do etanol exportado
pelo Brasil, atualmente de US$
0,54 por galão (3,7 litros).
O ex-presidente americano,
que falava no BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), um dos patrocinadores
do programa social brasileiro,
vem fazer coro a uma crescente
tendência pró-combustível do
Brasil nos EUA; nas últimas semanas, o presidente George W.
Bush defendeu o fim da taxa, e
o Senado discute proposta.
O subsídio só se justificaria
em agriculturas incipientes,
disse ele, "e esse não é o caso da
produção de álcool combustível, que nos EUA já tem mais de
cem anos". Para Clinton, "como não há perspectiva razoável
de produção de etanol aqui na
quantidade e qualidade da brasileira, a taxa deveria ser reduzida", e a chegada do produto
aos EUA, facilitada.
Em manhã particularmente
elogiosa ao país, o democrata
destacou Porto Alegre, "uma
das primeiras "cidades verdes"
do Brasil", no sentido de utilização das chamadas "energias
limpas". "Se Porto Alegre conseguiu, por que não São Paulo,
Rio, México e outra cidades
grandes?", perguntou o ex-presidente, que elogiaria ainda o
programa anti-Aids brasileiro.
Disse ainda que a América
Latina precisa adotar uma "estratégia triangular", a saber:
"Responsabilidade fiscal, que
atrai capital estrangeiro, estabiliza os países e não distorce a
renda das pessoas com inflação". "Nessa margem de ação,
precisamos investir o quanto
for inteligentemente possível
em programas sociais que trabalham para dar às pessoas de
baixa renda incentivos financeiros para colocar seus filhos
na escola", disse, para depois citar o Bolsa-Família brasileiro
como exemplo.
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