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Setor privado critica mudança em legislação
DA SUCURSAL DO RIO
Paralelamente à discussão
sobre a partilha dos royalties,
há uma disputa em torno da
mudança do marco legal. A Petrobras defende alterações na
Lei do Petróleo, de 1998. Já as
empresas privadas, por meio do
IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo), não querem mexer na
lei, mas admitem que há necessidade de aumentar os royalties
em razão do menor risco exploratório do pré-sal.
Até agora, foi encontrado
óleo em todos os poços perfurados no pré-sal da bacia de Santos. Ou seja, o risco é zero.
Ivan Simões, membro do comitê de Exploração e Produção
do IBP, criticou a idéia de adotar um regime de partilha de
produção, como defende a Petrobras. Por esse sistema, a produção de petróleo é dividida
entre a empresa privada escolhida pelo governo para operar
o campo e uma estatal 100%
nacional, que recebe o óleo e o
vende no mercado. "Não é um
modelo intrinsecamente ruim.
Mas não há motivo para mudar
o que está dando certo. As concessões garantiram a auto-suficiência do país."
"Não faz sentido mudar a lei.
É mais fácil mudar o decreto. A
participação especial poderia
chegar a 80%, mas não tem lógica o país criar uma nova estatal para gerenciar a partilha de
produção [que remunera o Estado por meio de óleo e não em
dinheiro com pagamento de royalties]. Petróleo não enche a
barriga de ninguém. O que interessa é como a sociedade pode
usufruir melhor da renda gerada", diz David Zylbersztajn, ex-diretor-geral da ANP.
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