São Paulo, quarta-feira, 14 de julho de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MERCADO FINANCEIRO

Possibilidade de S&P elevar classificação do Brasil anima negócios; dólar avança 0,16% e fecha a R$ 3,04

Bolsa sobe 0,7% com rumores sobre nota

DA REPORTAGEM LOCAL

Um rumor de que a nota de classificação de risco do Brasil estaria prestes a ser elevada pela agência Standard & Poor's salvou o mercado da apatia. Mesmo assim, a Bovespa encontrou ânimo para subir apenas 0,67%.
As ações da Telemar, movidas por grandes investidores preocupados com o vencimento de opções da próxima semana, foram o destaque do pregão. O papel preferencial da tele, o mais negociado, subiu 0,61%. A ação com direito a voto (ON) da empresa teve alta de 3,75%.
Com a variação do petróleo preocupando menos, as atenções do mercado ficarão voltadas nos próximos dias para a divulgação dos índices de inflação no atacado e no varejo norte-americanos. O maior ou o menor aquecimento da economia pode dar sinais de como o BC dos EUA seguirá conduzindo a política para os juros.
No mercado de câmbio, o dólar encerrou os negócios ontem a R$ 3,04, em alta de 0,16%.
A moeda dos EUA poderia ter terminado o dia em leve baixa, segundo operadores, se não fosse a proximidade do vencimento de uma dívida cambial de US$ 989 milhões. Quanto maior for a Ptax (média do dólar medida diariamente), maior o retorno das instituições que têm títulos que serão resgatados pelo Banco Central.
Na BM&F, a projeções das taxas de juros fecharam praticamente estáveis. A mais importante notícia para o mercado futuro de juros foi a desaceleração do IPC da Fipe na primeira quadrissemana de julho. Mesmo assim, o mercado segue apostando em manutenção da taxa básica de juros (Selic, hoje em 16% ao ano) na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) deste mês.
Ontem, o Tesouro Nacional realizou leilões de vendas de títulos públicos prefixados (LTNs) e pós-fixados (LFTs).
O Tesouro Nacional anunciou que fará leilões, a partir de agosto, de NTN-B (Nota do Tesouro Nacional - série B) com vencimento em 2045. Será o título mais longo da dívida pública brasileira.
A NTN-B é um título indexado ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que tem como principais investidores os fundos de pensão. O secretário-adjunto do Tesouro, José Antônio Gragnani, disse que o lançamento desse papel atende a uma demanda dos fundos de pensão.


Colaborou a Sucursal de Brasília


Texto Anterior: Concorrência: Cade julga hoje novo recurso para reverter veto à compra da Garoto
Próximo Texto: O vaivém das commodities
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.