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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Governo quer aumentar IOF para barrar capital externo
O governo estuda a possibilidade de aumentar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre os recursos estrangeiros que ingressam no
país para investimentos de curto prazo. O objetivo é desincentivar a entrada desse dinheiro
para tentar conter o processo
de valorização do real.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já conversou com
o presidente Luiz Inácio Lula
da Silva sobre essa alternativa e
marcou uma reunião no início
da próxima semana com a equipe econômica para avaliar os
efeitos dessa medida.
A decisão do governo de adotar medidas fiscais para conter
a entrada de investimentos estrangeiros, e assim tentar frear
a desvalorização do dólar, foi
tomada depois das duras críticas feitas nesta semana pelo governador de São Paulo, José
Serra, à atual política monetária e cambial.
Na terça-feira passada, Serra
disse, na presença do ministro
do Desenvolvimento, Miguel
Jorge, que o Brasil vive um
"desvario cambial". Ele afirmou ainda que as explicações
de que a valorização do real é
resultado das forças de mercado não passam de "trololó de
economistas para enganar
quem não é economista".
O governo chegou a pensar
na possibilidade de acabar com
a isenção do Imposto de Renda
sobre a entrada de investimentos estrangeiros para a compra
de títulos públicos, mas a idéia
foi barrada por Mantega.
Apesar de ter sido contra a
adoção dessa medida, quando
presidia o BNDES, na época em
que Antonio Palocci estava à
frente da Fazenda, Mantega
acha que não seria de bom tom
revogar uma medida tomada
pelo mesmo governo, ainda que
tenha sido acatada no primeiro
mandato.
O objetivo do governo, ao aumentar o IOF dos investimentos estrangeiros de curto prazo,
é reduzir a especulação no país
e tentar frear a valorização do
real. O dólar, nesta semana,
caiu ainda mais, ficando abaixo
da barreira do R$ 1,90.
Hoje, a alíquota do IOF para
o capital externo aplicado até
90 dias é de 5%, mas o Ministério da Fazenda pode aumentar
esse percentual para até 25%
por meio de uma simples portaria.
O capital externo é isento da
cobrança de IR desde fevereiro
de 2006. Antes, os investidores
estrangeiros pagavam 15% de
IR, enquanto os nacionais recolhem de 15% a 22,5% nas aplicações de renda fixa.
Desde a isenção do IR, os recursos externos aplicados no
mercado financeiro mais do
que quadruplicaram no Brasil.
Só no primeiro semestre deste
ano já entraram no país US$
28,5 bilhões em investimentos
externos de curto prazo.
Biblioteca Mário de Andrade ganha anexo em reforma
O contrato para as obras
da reforma da Biblioteca
Mário de Andrade será assinado na segunda entre a
Prefeitura de São Paulo e a
Concrejato. Os recursos, do
BID e da prefeitura, são de
R$ 13,2 milhões.
O projeto, de autoria do
escritório Piratininga Arquitetos Associados, aborda
manutenção e restauro das
fundações, estrutura, instalações elétricas e hidráulica
e climatização.
Os itens documentais do
acervo da biblioteca já não
tinham boas condições de
armazenamento.
Em outra fase da obra, a
sede da biblioteca será integrada a um anexo, o edifício
do Ipesp, cujo projeto, também de responsabilidade do
Piratininga, já está concluído, em fase de aprovação.
O anexo abrigará coleção
de periódicos, laboratórios
de microfilmagem, restauro
e encadernação.
NA DIREÇÃO DO VENTO
A marca de roupas esportivas Doox, da Dell'Erba, vai participar da Semana Internacional de Vela de Ilhabela, neste
mês. A marca será patrocinadora do barco Crystal - Inebrás/
Doox. Ela fornecerá os uniformes para a equipe, composta
por seis mulheres. A ação, segundo Ricardo Dell'Erba, diretor comercial da marca, foi escolhida pela afinidade da Doox
com o público feminino. "A marca traz referências da moda
e isso é importante para a mulher de hoje", diz. Em agosto, a
Doox participa da segunda edição da feira do segmento,
Running Show, e dará destaque para as peças femininas.
CHAMADA
Enrique Ussher, presidente da Motorola no Brasil,
assumiu a presidência da
empresa na área de celulares
para a América Latina.
ESPETO
A rede de churrascarias
Fogo de Chão completa, em
agosto, dez anos de presença
nos EUA e terá dez casas no
país até novembro.
GELADA
A Cervejaria Petrópolis
está prestes a comprar a
Premium, do grupo Aralco,
detentor de três usinas de álcool e açúcar no interior de
São Paulo. Inaugurada em
2005, em Frutal (Minas Gerais), a empresa custou R$
68 milhões para ser construída. Tem como principal
marca a cerveja Fass Pilsen,
com graduação alcoólica de
4,8%, voltada para o público
feminino. A cervejaria atua
nos mercados do interior de
São Paulo, de Minas Gerais,
de Goiás e de Mato Grosso
do Sul.
NO PONTO
Abrigos de ônibus com
sistema de energia solar estão sendo instalados no Rio
para o Pan-Americano. A
ação é da Cemusa, administradora de parte do mobiliário urbano da capital fluminense, em parceria com a
Petrobras. Os equipamentos
serão instalados em pontos
próximos aos locais dos jogos. Normalmente abastecidos pela energia dos postes
de luz, os painéis publicitários dos abrigos terão iluminação noturna de energia
solar acumulada durante o
dia.
com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA
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