São Paulo, terça-feira, 14 de julho de 2009

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Governo vai preservar PAC em 2010, diz Bernardo

Investimento total depende do Congresso, diz ministro

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, confirmou ontem que o governo pretende manter inalterado o orçamento para as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no ano que vem. Segundo ele, o programa terá R$ 22 bilhões em 2010-valor próximo ao deste ano.
Bernardo afirmou, ainda, que haverá "um pouco mais" do Orçamento para investimentos de outros ministérios, de projetos que não estão no PAC. Mas ele lembrou que o Congresso realiza muitas mudanças na peça orçamentária, por isso esse valor "é muito volátil".
"Os deputados vão fazer uma série de cortes e apresentar emendas. Então, o valor [total] de investimentos nós só vamos saber depois de aprovado pelo Congresso. Fazemos questão de manter os R$ 22 bilhões do PAC", afirmou.
O ministro disse, ainda, que os ministérios receberam na semana passada o orçamento que terão para este ano e para o próximo. Não haverá aumento de limites, alertou ele.
Os pedidos dos ministérios chegaram a R$ 21 bilhões além do previsto. Bernardo avisou que não teria a menor possibilidade de repassar esse dinheiro e afirmou que o compromisso do governo seria a manutenção integral das verbas para o PAC e um pequeno acréscimo para projetos da área de educação.
"Temos uma margem mínima dos ajustes que podem ser feitos. Neste ano, dificilmente as demandas serão atendidas", afirmou Bernardo.
O ministro do Planejamento sugeriu aos ministros que façam uma lista dos projetos prioritários que deverão ser atendidos em 2010. Segundo ele, não haverá nova negociação de limites depois de sancionado o Orçamento.
Ele disse que vai analisar, caso a caso, prioridades de ministérios que não tenham entrado na lista de gastos em 2010.

Equilíbrio fiscal
Em um balanço otimista da economia, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, avalia que a economia mundial começou a melhorar. Para ele, o crédito está sendo retomado e a confiança se restabeleceu.
As opiniões do ministro foram ouvidas pelo presidente Lula na reunião ministerial.
O ministro refutou que o país caminhe para um desequilíbrio fiscal. Segundo ele, o país fechará as contas do ano com déficit de 1,9% do PIB. No ano passado, o rombo foi de 2%, já retirada a Petrobras da conta. Mas em 2010 será reduzido para 0,8% do PIB, afirmou.
Neste ano, a meta de superávit primário (economia para pagar os juros da dívida) foi reduzida de 3,8% do PIB para 2,5% do PIB para que o governo pudesse desonerar setores.


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