|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Governo vai preservar PAC em 2010, diz Bernardo
Investimento total depende do Congresso, diz ministro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro do Planejamento,
Paulo Bernardo, confirmou ontem que o governo pretende
manter inalterado o orçamento
para as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no ano que vem. Segundo ele, o programa terá R$ 22
bilhões em 2010-valor próximo ao deste ano.
Bernardo afirmou, ainda, que
haverá "um pouco mais" do Orçamento para investimentos de
outros ministérios, de projetos
que não estão no PAC. Mas ele
lembrou que o Congresso realiza muitas mudanças na peça
orçamentária, por isso esse valor "é muito volátil".
"Os deputados vão fazer uma
série de cortes e apresentar
emendas. Então, o valor [total]
de investimentos nós só vamos
saber depois de aprovado pelo
Congresso. Fazemos questão
de manter os R$ 22 bilhões do
PAC", afirmou.
O ministro disse, ainda, que
os ministérios receberam na
semana passada o orçamento
que terão para este ano e para o
próximo. Não haverá aumento
de limites, alertou ele.
Os pedidos dos ministérios
chegaram a R$ 21 bilhões além
do previsto. Bernardo avisou
que não teria a menor possibilidade de repassar esse dinheiro
e afirmou que o compromisso
do governo seria a manutenção
integral das verbas para o PAC
e um pequeno acréscimo para
projetos da área de educação.
"Temos uma margem mínima dos ajustes que podem ser
feitos. Neste ano, dificilmente
as demandas serão atendidas",
afirmou Bernardo.
O ministro do Planejamento
sugeriu aos ministros que façam uma lista dos projetos
prioritários que deverão ser
atendidos em 2010. Segundo
ele, não haverá nova negociação de limites depois de sancionado o Orçamento.
Ele disse que vai analisar, caso a caso, prioridades de ministérios que não tenham entrado
na lista de gastos em 2010.
Equilíbrio fiscal
Em um balanço otimista da
economia, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, avalia
que a economia mundial começou a melhorar. Para ele, o crédito está sendo retomado e a
confiança se restabeleceu.
As opiniões do ministro foram ouvidas pelo presidente
Lula na reunião ministerial.
O ministro refutou que o país
caminhe para um desequilíbrio
fiscal. Segundo ele, o país fechará as contas do ano com déficit de 1,9% do PIB. No ano
passado, o rombo foi de 2%, já
retirada a Petrobras da conta.
Mas em 2010 será reduzido para 0,8% do PIB, afirmou.
Neste ano, a meta de superávit primário (economia para
pagar os juros da dívida) foi reduzida de 3,8% do PIB para
2,5% do PIB para que o governo
pudesse desonerar setores.
Texto Anterior: Benjamin Steinbruch: Conspirações contra o emprego Próximo Texto: Frase Índice
|