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Trabalhadores demitidos na França ameaçam explodir fábrica de peças
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Cerca de 360 trabalhadores
demitidos da fabricante de
autopeças New Fabris, em
Chatellerault, na França, fechada em junho, ocuparam
ontem a empresa e ameaçaram explodir o local. Eles exigem das montadoras Renault
e PSA Peugeot Citroën, principais clientes da New Fabris,
indenização de 30 mil euros
(US$ 42 mil) para cada um
pela demissão.
O delegado da CGT (Confederação Geral do Trabalho),
Guy Eyermann, disse à emissora France Info que botijões
de gás ligados entre si serão
explodidos se não houver
acordo até o próximo dia 31.
Segundo os trabalhadores,
cilindros ligados com um cordão inflamável foram instalados há cerca de dez dias na
parte externa da fábrica.
"Se Renault e PSA se recusarem a nos dar a indenização, isso poderá explodir",
disse Eyermann.
Os trabalhadores foram demitidos após a liquidação judicial da empresa, que esteve
sob o controle do grupo italiano Zen por seis meses. No
próximo dia 20, eles devem
reunir-se com o ministro da
Indústria do país.
Ainda ontem, porém, o risco foi descartado pela assessora do governo local de Chatellerault (305 km a sudoeste
de Paris), Anne Frackowiak.
Ela afirmou que o diretor da
fábrica havia confirmado que
os botijões estavam vazios.
As montadoras Renault e
PSA Peugeot Citroën disseram que não cabe a elas o pagamento de eventual indenização, e sim aos acionistas e à
administração judicial.
O episódio em Chatellerault segue uma série de atos
de violência deflagrados na
França desde o agravamento
da crise global. Neste ano,
executivos de empresas como
Sony, Caterpillar e Molex foram feitos reféns na França
por trabalhadores demitidos
em razão da crise.
Com agências internacionais
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